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Vermes Coroados

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Pintura: The Arm. Henri Matisse. 1938. Não temos honra. Ou se temos, não a empregamos devidamente. Por uma aberração social consideramos normal sermos, como diria meu amigo Newton, "filhos da puta" com os outros e conosco. Não é anormal estarmos entre víboras, aprendendo também a ser uma, e creditando ao outro toda a carga de ações antissociais.  Achincalhamos a ética, pisamos sobre amizades, destruímos amores e pervertemos a ordem dos fatos, das falas e da vida apenas para que o sucesso seja nossa constante atemporal. E, se procedemos frequentemente assim, passamos a acreditar que o anormal é ser consciente dos próprios atos, direitos e deveres, e das respectivas consequências. Transformamo-nos, portanto, em agentes do nosso próprio desassossego. C.S. Lewis, em A abolição do homem, escreveu Caçoamos da honra e nos chocamos ao encontrar traidores entre nós.   E parece-me que, quanto mais o indivíduo tenta restringir-se à sua própria significância, pedindo ...

As Crônicas de Nárnia

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A fantasia geralmente acaba sendo mal-interpretada por uma parcela considerável da população, não-leitora, diga-se, por apresentar elementos essenciais que existem em outros mundos. Criaturas híbridas entre homens e animais, entre homens e seres mitológicos; animais falantes e dotados de características humanas; castelos, reis e rainhas; tempo e espaço diferentes; árvores gigantescas e muito expressivas são alguns dos elementos presentes em histórias fantásticas.  E qualquer história desse gênero é comparada às Crônicas de Nárnia , de C. S. Lewis. O compêndio formado por essas crônicas quebra os conceitos da física e da química; mexe nos dogmas religiosos; estabelece a maneira única de contar histórias para crianças e desafia os novos autores a fazer algo tão simples e profundo quanto ele. C.S. Lewis é aquele autor que não está preocupada se o acharão louco ou infantil demais, ele simplesmente escreveu, e estabeleceu, da maneira mais despretensiosa que foi possível, os al...