Cachaça
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Cajurosca - SERGIPE Presente em praticamente todas as comemorações nordestinas, e brasileiras – em escala menor, talvez-, e no dia a dia de viciados, a cachaça, e todas as suas variantes, é o exemplo do domínio do homem sobre o homem por meio de um objeto de satisfação quimérica de bem estar contínuo. Apesar de ser altamente ofensiva ao corpo, à alma e a espiritualidade, ela é a representação da força e da fraqueza de um povo, ou de um grupo de indivíduos, que faz-se presente, senão pelo berro d’água – como foi exemplarmente traduzido por Jorge Amado em A morte e a morte de Quincas Berro D’água -, pela capacidade de desafiar os limites das próprias faculdades mentais e da resistência do corpo nos momentos em que é preciso coragem para viver em condições subumanas ou quando inexistem perspectivas de futuro, geralmente geradas por um amor de cabaré, por um relacionamento fracassado, por uma traição ou um passado impronunciável, dentre muitas outras hipóteses – ou ainda ...