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Você e Você sempre!

Nesse dia, que é dito dos solteiros, ninguém sai às lojas para comprar presentes para si, nem levam a si mesmo para assistir um bom filme. Tampouco ousam surpreender o mundo com o simples ato de realizarem o que mais gosta. E isso é um erro terrível. No Dia do Solteiro ninguém tira foto de si e admira o quanto se evoluiu desde que nasceu, ou seja, desde quando começou o relacionamento sério no qual nem com a morte vai acabar. Esse talvez seja o relacionamento mais duradouro e perfeito que já existiu porque não há tempo ruim que separe você de você mesmo. Não há fofoca que intrigue você e você. Não há ciúmes nem troca de ofensas que gere o fim do você. Você e você viverão sempre juntos para toda a eternidade e não há como dissociar a perfeição que existe entre o amor verdadeiro e o falso ódio que existe dentro de, adivinhe, você! E é dessa relação realmente íntima e pessoal, eterna e sólida, que se formam os demais relacionamentos, as interações com os seres, que possuem igual...

Pela janela

Fico observando a paisagem urbana através de minha janela adaptada contra a luz do sol, na noite que chove e faz calor, e enquanto uma música toca nos alto-falantes do computador mais próximo, uma música conhecidíssima, íntima, sempre presente nos tempos idos, fico olhando para a avenida intransponível durante o dia e deserta nessa hora em que a maioria dorme e outros tantos estão acordados fazendo-se sabe lá o que! Observo, sem querer, que não existem estrelas, apenas as luzes vermelhas no topo dos prédios avisando aos aviões que existe um edifício ali. Vermelhas como o sinal de pare do semáforo, como o batom que percorre muitas bocas durante o dia, como as cartas de um baralho que enriquece uns e empobrece outros, como a felicidade de verão de casais apaixonados, como a lingerie dos filmes e fotos, como a cor dos olhos após uma desilusão – ou após uma alergia pesada. São tantas que as estrelas somem deixando um céu feio, escuro, sem brilho, sem olhos, sem passado e sem perspect...