Motoristas de aplicativo - desnecessários e decadentes

Foto: Reprodução/Gazeta do Povo.

O ano é novo e os hábitos são antigos e ruins.
E como tudo nessas terras brasileiras acabam uma hora degenerando, não é estranho que o serviço de transporte de passageiros oferecidos por aplicativos como Uber e 99 também siga o caminho da desgraça. Como qualquer um que possua habilitação para dirigir e um smartphone pode se tornar um "exemplar lacaio" de empresas como essa, o que se vê são motoristas que cobram além do valor estipulado pelo aplicativo; outros são gratuitamente grosseiros e ainda há aqueles com carros mais sujos que os ônibus coletivos  e que não suportam uma mera observação. 
Os serviços oferecidos pela Uber e pela 99 não só estão deixando muito a desejar, seja pela insegurança provocada pelos "motoristas certificados", como também estão deixando de possuir o mínimo diferencial em relação aos tradicionais concorrentes, os taxistas. Sem diferenças no tratamento dispendido aos clientes e com um comportamento igualmente deplorável, os taxistas e os motoristas de aplicativos estão afugentando os clientes e em breve a indústria automobilística deverá voltar a crescer ou as locadoras passaram a lucrar mais com o aluguel de carros para os atuais clientes da Uber e da 99 que não tolerarão, por muito mais tempo, os abusos ora correntes.
Seja mal do brasileiro ou não, o fato é que esse é mais um serviço que está entrando no caminho da obsolescência e da debandada da clientela - por única obra e graça de motoristas que não possuem o mínimo de formação básica para o tratamento com o outro. 
Em plena decadência desse serviço por essas terras tropicais, o que se nota é que os motoristas são desnecessários, apesar de ainda não terem notado isso. Os passageiros não querem conversa com eles, apenas um serviço eficiente e rápido - o que não se tem. 
Um dia, não muito distante, espera-se carros autônomos nas ruas e o fim da ineficiência e da antiética presença do motorista nos serviços de transporte, de aplicativo ou não.

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