Luta*
Sujo-me
com o sangue
Dos
enterrados vivos
Na
miséria telúrica
Das
terras passadas
Sujo-me
com a cor
Do
sangue derramado
Em
emboscadas e alvos
Das
dívidas pagas
Sujo-me
com pranto
Em
rubro canto
Das
viúvas de órfãos
Clandestinos
e tidos
Sujo-me
com o leite
Derramado
e queimado
Com
o tiro disparado
No
vermelho entardecer.
*Poema do livro Anjo da Guarda, de Rafael
Rodrigo Marajá.
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