Mal jeito: do jeito que as coisas são




Um dia resolvi fazer um pacote de decisões das quais, minha inflexibilidade e meu orgulho me impediriam de quebrá-lo. Mas outro dia, sempre repensando cada decisão e mantendo aquelas que realmente teriam sentido, cheguei ao pacote final,  onde as principais foi fazer com que, mesmo vendo fingisse não ver.
Ainda hoje hesito, penso mesmo antes de voltar e fazer aquilo que disse que não faria.
Mas, desafio-me a testar-me. Assim, hoje, depois de uma longa noite, abro meu Blogger e vejo, não sei quanto tempo já faz, uma postagem da qual, hesitantemente, abri e li.
E, lendo, sem nenhuma prerrogativa como outrora, gostei do texto, não por que ele tenha algo que mudará qualquer curso da história da humanidade, mas que, no ínterim daquilo que considero bom e sempre vivo no cotidiano de todos os viventes, existe o que é bom por natureza de concepção.
E lendo, ironicamente, processo a informação de que meu blog tem o título de Crônicas!, porém raramente escrevo uma verdadeira crônica. Ou uma em que coloco o eu, não o eu - lírico, sofredor, amoroso, mas o eu que torna qualquer produção textual uma forma de expressão do cotidiano em que se pode remeter uma gama de entrelinhas das quais se pode, quase sempre, inferir o que realmente importa e aquilo que faz o ato de escrever valer cada minuto da leitura, ou escrita.
Portanto, na espera em que nada mais se pode esperar cujas atualizações sempre mostram uma maneira de navegar entre cabos de fibra óptica e diminuir as barreiras que existem entre a banalidade da linguagem técnica e a forma da expressão subjetiva, tenho a sub impressão de que, apesar de não ter a intenção, fazes as crônicas que Crônicas! nunca publicará, menos pela capacidade do autor e mais pela incapacidade de exposição dos fatos que podem, em um olhar mais atento, denunciar os reais pensamentos de seu escritor.
À escritora que defende os ideais imprecisos de uns tantos momentos que somente pertence-a, essa não é, assim, mais uma resenha, se considerar assim, ou simples ponto de vista, se considerar que não chega a ser, isto, uma crítica ou uma resenha.
Portanto, isso é algo mais sobre um texto lido em um dia em que se perdeu a hora, o ônibus, a agenda, embora os compromissos estejam cumpridos. Em um daqueles dias em que  não se espera a surpresa, quando ela chega.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Reunião de faces

Maníaco do Parque: entre o personagem e o homem

Nada além do que virá