Sol a pino

O inverno já disse adeus e chegaram as tardes de sol a pino . Agora é deixar para lá lençóis, casacos e bebidas quentes; empurrar para fora toda a umidade e as sombras que trouxeram o frio. O branco da cortina do amanhecer começa a dar espaço para a beleza do crepúsculo e só quem já passou pelo calor, pela poeira e pela procura de um pouco de sombra em um banco de praça vai saber apreciar o céu crepuscular no sertão, no agreste e, vez ou outra, no litoral. As tardes quentes começaram e é hora de começar a detectar as rotas das brisas durante a tarde e se sonhar não é regra, é, ao menos, um prazer que se apossa da gente durante aquela sesta depois do almoço. Tardes de sol, suor, sorvete, riso frouxo, pequenas fofocas brancas e grandes intrigas empoeiradas. A primavera dá seus sinais de verão (apesar do Jasmineiro só florescer bem mais tarde). E não tardará para que as murmurações comecem contra o sol, a distância entre os lugares e as pessoas. Vem aí, também, lembranças, visitas ...