Postagens

Mostrando postagens com o rótulo pandemic

Crônica de uma vida insuficiente XX

Imagem
Domingo de Sol. O Brasil é notícia no 20minutos.es por causa da média móvel de mortos por covid-19. Os governos estadual e municipal reimprimem medidas de contenção da população com o objetivo de controlar os casos de mortes e de infectados por essa que é uma peste negra moderna. Na rua, aqui na minha porta, música alta comemora o calor, a cerveja, a folga, o feriado que se aproxima. Se há isolamento? O meu. Só o meu. Sempre o meu. Ainda deu tempo de comprar uma coca-cola e alguém baixou um pouco a música. O calor está de matar e faz com que o cadáver do homem assassinado ontem na praça (traficante e usuário filho de um policial da outra rua) se decomponha na velocidade escapista das moscas. Um domingo, apenas.

Crônica de uma vida insuficiente XXII

Imagem
 Não foi de repente que fomos nos afastando. Foi violento. Palavras ásperas e gestos bruscos marcaram a nossa diáspora. Você está em longínquo isolamento, nem mesmo sei se ainda vive. Não há mais vestígios da sua existência. Apenas lembranças. Raros momentos que passam pela mente de vez em quando.  Nos dias de sol de 32º o cheiro da água molhando uma grama em constante declínio lembra seus medos, suas alegrias, suas lágrimas. Suas lágrimas ganharam prêmios, nem sei se você sabe. Se sabe, talvez não se importe. A essa altura, com a morte plantada em nossas portas, não tem mais importância. 

Crônica de uma vida insuficiente XX

Imagem
Domingo de Sol. O Brasil é notícia no 20minutos.es por causa da média móvel de mortos por covid-19. Os governos estadual e municipal reimprimem medidas de contenção da população com o objetivo de controlar os casos de mortes e de infectados por essa que é uma peste negra moderna. Na rua, aqui na minha porta, música alta comemora o calor, a cerveja, a folga, o feriado que se aproxima. Se há isolamento? O meu. Só o meu. Sempre o meu. Ainda deu tempo de comprar uma coca-cola e alguém baixou um pouco a música. O calor está de matar e faz com que o cadáver do homem assassinado ontem na praça (traficante e usuário filho de um policial da outra rua) se decomponha na velocidade escapista das moscas. Um domingo, apenas.