Um retrato, duas vidas

Foto: O Retrato de Dorian Gray. Imagem da internet A imortalidade apenas é válida se mantida com todos os pré-requisitos do pecado, ou seja, com a beleza juvenil, com a disposição física e mental e com a capacidade de inovação contínua. Para ser uma verdadeira maneira de imortalizar-se é preciso que se tenha alguma forma de estabelecer uma conexão livre e absoluta entre eventos mundanos e a consolidação da própria figura como ser agente do bem e do mal entre os dois tão desejados pela humanidade, o paraíso e o inferno. Por outro ponto, é categoricamente pressuposto que para ser imortal, contrariamente ao que se pensava na antiguidade, não é necessário viver eternamente, vagando por terras sempre desconhecidas, quando a região que habita for tediosa e sem sentido motivacional. Descobriu-se, então, que a maneira mais eficaz de percorrer o planeta em todos os idiomas e nas mais diferentes formas de imaginação possível. É assim que o único romance de Oscar Wilde pode s...