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As nossas pequenezes

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Foto: Egyptian Sculpture. Charles Sheeler. Met. A gente sempre quer alcançar uma coisa grande. A gente sempre quer ser grande;  quer ser mais. O contrário disso é disritmia com a nossa natureza humana. No entanto, olhar para o todo requer coragem e uma dose cavalar de desânimo. É por isso que temos que olhar para as pequenas partes e buscar as pequenas, porém trabalhosas, vitórias. É por meio das pequenas partes, quase insignificantes, que somos feitos e do que são feitas as nossas alegrias mais efêmeras. Somos sol, ar (e estresse), chuva (às vezes de lágrimas e desespero), pequenas vitórias e grandes desassossegos. Assim é que a gente vive nesse mundo de obrigações inventadas, querendo ou não.

O que vejo na rua

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Arte: Cleopatra and the Peasant. Eugène Delacroix. MET. Às vezes, quando vou sair ou quando estou em minha mesa, paro por alguns instantes e olho a rua e os transeuntes. Vejo a mulher que empurra um carrinho de mão cheio de material reciclável com o rosto pingando de suor ao sol da tarde; vejo o drogado do fim da rua que busca uma porta esquecida entreaberta; vejo o morador da casa em frente que sai à rua com sua cadeira branca, sempre no mesmo horário; vejo os carroceiros esperando um serviço fortuito; vejo crianças brincando nas calçadas; vejo os fiéis indo aos seus templos cumprir com suas obrigações espirituais e seculares; vejo a mercearia da esquina que nunca tem gente. Parado, observando, vejo todas essas pessoas que dão vida a uma rua, a um bairro, sempre buscando, para lá e para cá, um sentido para as suas vidas e o dinheiro necessário para suprir as suas necessidades. Vejo em alguns uma tristeza transbordante que queima a pele e endurece o rosto. Vejo em outros um...

A queda para a alegria do homem

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Adão caiu para que os homens existissem; e os homens existem para que tenham alegria. 2 Néfi 2:25 Adão, de Tullio Lombardo. Quando você sai à rua e vê os pregadores destilando tristezas a cada leitura de versículos bíblicos, as mulheres lamentando a falta de sorte em “ter um homem que valoriza” o trabalho delas, os cobradores xingando cada partícula de poeira que cai em sua caixa registradora e alguns estudante em completado estado de drama e melancolia é possível perceber que a queda de Adão parece ter sido desnecessária e inútil. No segundo livro de Néfi todos podem tomar conhecimento de uma verdade que transcende qualquer conhecimento apóstata que tenha sobrevivido – o homem existe para buscar a felicidade e serem alegres. Mas alegria de verdade, não somente aquela encontrada em estados efêmeros. E como Leí mesmo disse, ainda no segundo livro de Néfi, o arbítrio está aí, com todos e qualquer um e com ele pode-se escolher de qual lado você deseja ficar – ...

Amigo, não! Quase dois em um!

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Então o sono vai embora e seus olhos, antes de abrirem, pensam em quanta coisa você podia fazer, em quantas oportunidades você jogou fora, em quantos abraços você negou ou negaram a você. E aquele desejo de querer fazer, de estar inerte diante do mundo e este correndo como um louco para lados opostos àqueles planejados. E vê, ao abrir as pálpebras, que tudo é meio verdade e meio mentira e que de meio em meio, o caos foi instalado e o descontrole é o controle remoto da TV. Nas buscas diárias por acertar um alvo, acabamos acertando onde e como não queríamos, sem ao menos causar o efeito desejado. Metendo os pés pelas mãos, fazendo uns chorarem e outros sorrirem, caindo tentando levantar, levantando sem saber que horas vai cair. E, assim, vai caminhando a humanidade. E quando entra em um recinto repleto de pessoas, enfileiradas como animais de corte, pergunta-se a razão de ninguém sair e procurar um lugar melhor, sem filas, sem esperas, sem tédio, sem provocações, sem humil...