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Finados

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Foto: Amanhecer de 02 de Novembro. Rafael Rodrigo Marajá O Finados raiou ao som dos tiros de Don Corleone sobre seus inimigos, com janelas abertas ao sabor da rara brisa da madrugada, ao som da vida urbana que desperta para o último dia da semana – feriado, mórbido, desnecessário. Sob o Sol que surge milhares de pés irão perguntar-se o que fazem nesse mundo “injusto” sem os maravilhosos mortos, descarnados pela terra. Todo morto é santo.  Toda puta é religiosa depois de morta. Parece não haver pecado sob as poucas pás de terra que separam o mundo dos vivos do dos mortos. A morte é generosa para com aqueles cruéis espécimes humanos que foram aprendizes de demônios em vida, pois dar-lhes a possibilidade do não pagamento em vida de seus pecados. Também é uma justa oferta de paz a todos os que foram exemplos de vida a ser seguido. A morte, tal qual o ciúme, é uma arma branca de dois gumes. Amores que se foram cedo demais. Inimigos que demorarão a ir. Saudades que ficam, am...