Confissões de Acompanhantes
O amor não é sustentado apenas pelo vermelho de corações desenhados nem tampouco pelas palavras carinhosas ditas em devaneios. A amizade conserva em si muitas das facetas de um mundo estranho e complicadamente simples. O homem é aquele animal em eterno cio, a mulher o objeto que satisfaz seus desejos. De uma única vez, em um único volume, é possível entrar na dualidade amor-sexo, amor-amizade, sexo-sexo, homem-mulher, mulher-mulher, necessidade-obrigação sem o medo de estar sendo pejorativamente libidinoso. Em Confissões de Acompanhantes , de Newton Cannito, o leitor torna-se facilmente um ouvinte das agruras das putas, seu confidente e seu amante. Cannito não tem medo de levar a público o sexo prático, pago, que está presente nas ruas das cidades, não só brasileiras. A diferença entre trepar e transar, ser amigo e ser amante, ser puta e ser mulher, respeitar e ser respeitado(a) são elementos recorrentes das "confissões". E não apenas isso: a vontade de ser ...