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A presunção do amor

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Pintura: Nude with oranges. Henri Matisse. 1951. Nasce daqui uma questão: se vale mais ser amado que temido ou temido que amado. Responde-se que ambas as coisas seriam de desejar; mas porque é difícil juntá-las, é muito mais seguro ser temido que amado, quando haja de faltar uma das duas. Porque dos homens se pode dizer, duma maneira geral, que são ingratos, volúveis, simuladores, covardes e ávidos de lucro, e enquanto lhes fazes bem são inteiramente teus, oferecem-te o sangue, os bens, a vida e os filhos, quando, como acima disse, o perigo está longe; mas quando ele chega, revoltam-se. MAQUIAVEL, N. O príncipe. Rio de Janeiro: Bertrand, 1991. A presunção do amor é crer que todos são obrigados a amar - amar as idiossincrasias alheias; amar a corrupção justificada do outro; amar as falhas dos relacionamentos.  Ninguém ama verdadeiramente outra pessoa a ponto de relevar e justificar repetidamente as falhas e as fraquezas de outra pessoa. Ninguém gosta de pessoas fraca...

Sucessos cotidianos

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Pintura:  Fur Traders Descending the Missouri. George Caleb Bingham. 1845 “La clave del éxito; ganhar y saber perder.” Maquiavelo O sucesso nas empreitadas diárias nem sempre é glorificado de pé pela mídia e certamente está muito aquém da atenção dos grandes empreendedores. Está, sim, entre as pequenas tarefas do dia a dia cuja importância só pode ser vista quando calendário corre e o ano passa como um cometa pela órbita da terra. No cotidiano, as tarefas são concluídas com êxito ou abortadas e somente a experiência com o que deu certo ou errado pode ser o alento para o momento depois do cansaço. Maquiavel tinha razão ao afirmar que saber ganhar e saber perder é o pilar para a formação de um caráter íntegro e bem-sucedido. E embora nem sempre saibamos engolir a derrota também quase nunca sabemos ganhar. O amargo da vitória e o doce da perda ainda não nos são familiar e talvez seja por isso que ainda somos tão pouco evoluídos no trato com os outros – e com nos...