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A liberdade imperial

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Foto: reprodução Laurentino Gomes. Em 13 de maio de 1888 a princesa Izabel, sob forte pressão internacional, assina a lei 3.353, conhecida vulgarmente como Lei Áurea, em que "libertou" os escravos. Libertou, nesse caso, é a palavra mais forte e mais inadequada para ser usada. Os escravos adquiriram a liberdade em terras brasileiras, mas sem nenhum aparato que lhes garantisse meios de sobrevivência - o único trabalho era aquele oferecido pelos escravocratas, a moradia ou era a senzala, ou quilombos ou aglomerados desumanos. Não havia segurança, respeito à dignidade da pessoa humana (mesmo livres, o preconceito alcançava os ex-escravos com a chancela de objetos). A liberdade promulgada em maio de 1888 não foi liberdade, mas uma outra forma mais sutil e cruel de escravização. Uma forma de aprisionar o homem com correntes psicológicas que atravessou gerações e criou mitos entre ricos e pobres em que aqueles sempre têm direito sobre a vida destes. Passados 131 anos da...

Perdendo manias

   Estamos perdendo, aos poucos e cada vez mais, nossa capacidade espontânea de manifestar opiniões, estados de espírito e humor. Mandar alguém para "aquele lugar", tacar na cara de alguém um "deixa de viadagem" ou um "lasque-se" está cada vez mais escasso e com isso deixamos não só de ser naturais - deixamos de ser engraçados, humanos e socialmente hilários. A mania do coitadismo gay, racial e social (no caso da pobreza) está aniquilando o que o brasileiro tem de mais marcante: o humor, ainda que negro, e a capacidade de expressão espontânea. Agora tudo precisa ser politicamente correto. Agora tudo está mais falso que moeda de dois reais.