O perfume da Fran
Há perfumes que deixam na pele o gosto por mais... e mais pode ser só desejo e exalações como também pode ser a vontade desabalada caindo ladeira abaixo, seja na boca de alguém ou nos braços de outro alguém. Fran passou com perfume, um cheiro que invadia o corpo e despertava aquilo que se pode chamar de pecado e que, entre paredes, é também conhecido como Paixão Violenta. Sua boca, aquela boca, revestida de vermelho e um agradável sabor de frutas vermelhas arranha a língua, os olhos e a voracidade. O perfume, aquele perfume que fica muito tempo depois que ela se vai, fica como lembrete para a violência da paixão que se desperta. O suor que dela decorre, as manchas de batons que dela resvalam e a vontade é uma somente uma questão de quando, e não de se. Fran sabe que não deve dar a bochecha - não a bochecha - descaradamente quando se pode oferecer mais. E quanto mais se der, melhor será.