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El Rey de la Habana

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Cru, agressivo, real. El Rey de la Habana não é para espíritos sensíveis que se alheiam à realidade e que buscam na agressividade injustificável do preconceito os motivos para não viver. Muito mais ousado que as produções brasileiras Cidade de Deus, Ó Paí Ó, Cidade Baixa e Bonitinha, mas ordinária, El Rey de la Habana escancara o abandono da América Latina, tantas vezes denunciado pelo nobel Gabriel García Márquez.  Não se pode dizer que seja uma produção pornográfica porque sequer chega perto dessa definição. É, antes de tudo, um retrato da periferia latino-americana que não pode fazer nada além de sobreviver à margem daquilo que o capitalismo e as crenças religiosas ditam como aceitável. É animalesco no sentido mais humano da acepção; é intenso; é triste. Com exemplos cabais de que o sexo não sustenta nem relações sociais nem amorosas, demonstra, de forma direta e sem medo, que a vida, sob a maquiagem habitual da civilidade, é somente parte de um medo muito maior que o de...

Madame Satã

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José Francisco. Foto: Campo de Mandinga Hoje eu quero falar sobre a adaptação cinematográfica da vida de alguém que mudou os paradigmas da sociedade brasileira em um período em que o preconceito e a discriminação eram as vias que justificavam os "bons costumes" e a "dignidade" da família brasileira. O ícone da malandragem e da boemia nacional, principalmente carioca, embora tenha origem nordestina, é o famigerado José Francisco dos Santos, também conhecido como Madame Satã. Foto: Campo de Mandinga À época, representou tudo o que não se deve ser ou seguir. Hoje, se olharmos com calma para a trajetória de Madame Satã veremos o início da revolução de esterótipos, que ainda não muito bem aceitos, permeiam nossas comunidades. Santos era pernambucano, capoeirista exímio, homossexual, negro, boêmio. E, no entanto, ainda hoje relutamos em aceitar que um homossexual seja protetor de mulheres, ainda que recebendo por isso, lutador e folclórico. O filme q...

VI Concurso Literário Prosa e Verso

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Fonte: APALCA A Academia Palmeirense de Letras, Ciências e Artes - APALCA – está com inscrições abertas para o seu VI concurso literário, que neste ano homenageará o ator Jofre Soares, que participou em filmes como Vidas Secas (1963) e Dias melhores virão (1986). A inciativa proporciona aos jovens palmeridíndios a oportunidade de exporem seus trabalhos de modo a obterem um retorno, embora sejam escolhidos poucos – já que é uma premiação. Entretanto, visto que a carência em promover a cultura é sempre um desafio, para quem gosta de reunir talentos, e a dificuldade em participar somam um resultado sempre proveitoso, quando o devido valor é dado a esse tipo de inciativa. As inscrições seguem até 02 de outubro e o resultado será dia 07 de novembro. Logo abaixo está a imagem do folder do certame, que você pode imprimir, preencher e fazer sua inscrição. Todos somos escritores; uns de blog, outros de prosa, ou poesia. Todos somos parte da arte, da escrita e da língua. Par...

Vamos jogar, certo?

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Solenidades da Independência são ótimas. Lembranças dos Marechais também. E as notícias também foram agradáveis para a maioria da população brasileira no que se refere ao escândalo da corrupção dos mensaleiros. E já que é o feriado, um dos mais importantes para a história nacional, há uma sugestão interessante a ser adotada pelo Governo brasileiro: a volta dos cassinos! Os cassinos deveriam ser permitidos no Brasil, para os maiores de 60 anos ou/e aposentados, com pequenas participações para quem alcançar a idade de 50 anos. Por quê? E por que não?  - Cena de 11 Homens e um segredo Com casas de jogos presenciais, devidamente autorizadas, as casas lotéricas, em todo o território nacional, teríamos menos idosos inchando as filas apenas para fazer jogos, as pessoas iriam gastar menos tempo em filas e todos seríamos felizes  - com filas menores. E as lotéricas continuariam suas transações bancárias. Claro que alguns irão dizer que jogar é pecado. Depois dos 50/60 a...