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A beleza do Candomblé

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A beleza do candomblé está no relacionamento entre homens e Deuses e no fato de que estes nunca estão suficientemente longe para que não cuidem dos seus filhos. Uma religião que mostra que o respeito e a delicadeza podem estar de mãos dados com a força. Uma religião cuja história revela a história do povo brasileiro e que, por essa razão, é vítima de ataques e de preconceitos daqueles cuja raiz é negra e religiosamente candomblecista.  Tal sentimento do belo decorre da dança, da música, do respeito, da comida, da tradição, do idioma e da deferência entre os próprios Orixás e entre homens e Orixás.  Que o amor que Oxalá sente por seus pares e por seus filhos se estenda a todos aqueles que demonizam o que é diferente fazendo com que as barreiras que impedem o crescimento espiritual de todos nós sejam vencidas por esse amor. Que sejamos negros, na alma e na força do nosso axé.

A liberdade imperial

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Foto: reprodução Laurentino Gomes. Em 13 de maio de 1888 a princesa Izabel, sob forte pressão internacional, assina a lei 3.353, conhecida vulgarmente como Lei Áurea, em que "libertou" os escravos. Libertou, nesse caso, é a palavra mais forte e mais inadequada para ser usada. Os escravos adquiriram a liberdade em terras brasileiras, mas sem nenhum aparato que lhes garantisse meios de sobrevivência - o único trabalho era aquele oferecido pelos escravocratas, a moradia ou era a senzala, ou quilombos ou aglomerados desumanos. Não havia segurança, respeito à dignidade da pessoa humana (mesmo livres, o preconceito alcançava os ex-escravos com a chancela de objetos). A liberdade promulgada em maio de 1888 não foi liberdade, mas uma outra forma mais sutil e cruel de escravização. Uma forma de aprisionar o homem com correntes psicológicas que atravessou gerações e criou mitos entre ricos e pobres em que aqueles sempre têm direito sobre a vida destes. Passados 131 anos da...