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Quando fui à padaria

Fui à padaria da outra rua, quase no mesmo velho horário. Vi as mesmas pessoas que sequer imaginam as reviravoltas da minha vida. Vi as ruas ainda sendo calçadas e os mesmos desocupados na esquina.  Eu fui à padaria sozinho, nesse novo recomeço, nessa nova realidade. Vi, expostos na vitrine, a torta que eu sempre como, pastéis e coxinhas. Ah, coxinhas!  Ela amava aquelas coxinhas! Sua paixão por elas beirava a indecência e era divertido de se ver. Sua vontade e sua voracidade não tinha limites. Não tinha como não lembrar. Dessa vez, como será daqui para frente, eu deixei a coxinha lá, à espera de outra amante loucamente apaixonada. Levei minha torta e minha coca-cola.  Eu fui sozinho e lembrei memórias de um passado que ainda não se definiu bem. Fui por sua obra. Por sua obra... Agora estou sentado à porta, ensimesmado e indagando-me: será que as pragas do sangue finalmente me alcançaram?

Palmeira patinando em fezes

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Vista panorâmica noturna de Palmeira dos Índios Depois da longa noite que foi a praga de moscas em Palmeira dos Índios, agora é a vez da falsa indignação dos Palmeirenses com o descaso que está, há muito tempo, a saúde pública municipal. A vez agora é da disenteria (e não desinteria) generalizada que acomete quase dois mil cidadãos, de bem ou não, da digníssima Princesa do Sertão. Como já era de se esperar, as autoridades locais nada disseram que satisfizesse o povo nem que justificasse o descaso no atendimento do único e açougueiro Hospital da cidade. A água, segundo a Secretária de Saúde, o foco da doença. Essa é uma justificativa que faz morrer de rir qualquer um que conheça a realidade local, pois o povo, desde sempre, fez uso de cisternas e cacimbas para a manutenção familiar, inclusive para a preparação de alimentos, e nunca houve tão estranho surto. Palmeira dos Índios também sofre com a seca e a utilização desses meios de abastecimento é mais que normal. Inclusive...