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Da dadivosa correção

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Escultura: God. Elsa on Freytag-Loringhoven. Met. O que fazer quando erros grosseiros são cometidos à sua frente e que a correção faz parte do seu escopo intelectual? O que fazer na delicada situação em que se deve mostrar a outra pessoa que ela não apenas não domina o conteúdo que ela mesma diz dominar e ainda mostrar-lhe cada um dos seus erros e evidenciar o que é correto? Em uma sociedade de pobres diabos como a nossa em que o ego fala mais alto que o bom senso e o desejo de progredir intelectualmente, a atitude de corrigir e apontar a direção correta nunca é vista com bons olhos pelos errantes e seus apoiadores. Esses insistem em perpetuar o erro e a ignorância e pouca coisa, ou mesmo nada, é possível fazer para converter esses pobres diabos em anjos do conhecimento. No fim, a situação determina se o pobre diabo, que pode ser um analfabeto ou um doutor, será corrigido. Correção, feita com a intenção de elucidar fatos errôneos e apontar o caminho correto, sempre é um p...

Da ciência e da rua

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Fonte: The Marabout. Henri Matisse. 1912 Durante a ditadura o governo misturou bandidos sem instrução com presos políticos, muito bem instruídos e organizados. E o resultado foi o crime organizado.  É das entranhas da Ditadura Militar que surgiram o Comando Vermelho e o Primeiro Comando da Capital - é só olhar os lemas e slogans primevos que veremos rastros daquela época. O mesmo processo de unificação do conhecimento das ruas com o conhecimento científico pode ser visto hoje, em alguns indivíduos. Da rua aprende-se a não ter medo, não importa do quê; aprende-se a enfrentar os golias, as drogas e a prostituição; aprende-se a sujar para não ser sujado, de sangue e de lama. É na rua que se forja o bandido interior. Das salas de aula aprende-se a usar o português, as ciências e a arte da sutileza; nas carteiras escolares alfabetiza-se o bandido interior e cria-se o refinado. Juntos, tem-se o corrupto, o mafioso, o traficante de alto escalão,  E é por isso que ...