Crescida*
Passada a inocente De doce e pirulito No barro a brincar Resta a adulta sem lar Acabada a paz infante Sobra apenas à crescente Lua no altar A pedir e a chorar Mais um doce a saborear Doce foi a rua correria O suor frio do desassossego Pulante e medroso Do brinquedo novo Saboreada não foi A coisa da criança Infeliz na alegria E contente na tristeza Passada a infância A inocente deixou Por dinheiro e ganância O doce e o pirulito da rua. *Poema do livro Anjo da Guarda , de Rafael Rodrigo Marajá.