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Caminhada*

Quando o choro parar E o calor cessar No desespero sofrido A razão há de aparecer No espelho em frente Na foto rasgada No sapato virado Na cama desfeita Na besteira caída Quando sair de repente E na rua vir seus brilhantes Nas mãos de outra serpente Verá, no clarão da razão, Seu poderio abalado Sua nudez exposta Sua acabada quimera Quando a calmaria ainda vier longe E de tudo deixar de saber Do desassossego acometido Terá que largar os seus Brincos, o batom, o rasgo Da calça e da camisa Seus penduricalhos e De porta em porta Chegará ao léu Quando tiver esquecido o motivo Do sofrimento e perdido no esquecimento Então terá encontrado A calma desejada do choro Irracional um dia cometido *Poema do livro Anjo da Guarda , de Rafael Rodrigo Marajá.