Energia brasileira
A matriz energética brasileira continua sendo, essencialmente, hidroenergética. O que antes era vantagem tornou-se uma moeda cuja coroa não é tão benéfica quanto se pensava. A ignorância levou-nos a supor que os rios brasileiros supririam a necessidade de produção de energia do país. E teria sido verdade esse pensamento se o Brasil não tivesse crescido, no consumo industrial e residencial. A indústria, responsável pela fabricação de bens duráveis e de consumo imediato, e as residências, o consumidor implacável de eletricidade, fizeram com que o Governo Federal, nos mais diversos mandatos de Presidentes, construísse usinas hidroelétricas, termoelétricas e eólicas. Pesquisadores de Institutos e Universidades federais investiram nas usinas baratas e de baixo impacto da biomassa. E nada adiantou. No início dos anos 2000 o Brasil passou por um apagão energético. O racionamento e a reformulação do pensamento doméstico, aliado a um conjunto de medidas de emergência, fizeram com...