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A Comissão Chapeleira

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Em 1982, na Suécia, Gabriel García Márquez expôs a solidão das Américas Central e do Sul por meio de seu discurso na cerimônia de premiação do Nobel de Literatura. Tranformou em palavras e números séculos de exploração e um finitude de governos ditatoriais que fez sangrar o mar do caribe, as grandes altitudes chilenas e o clima muito mais ao sul do equador.  Mais de trinta anos se passaram e o fantasma da dor, da tortura e da luta por uma vida livre das opressões e das violências cometidas por ditadores ainda ronda as Américas, impedindo a discussão sobre vários aspectos de uma época sombria da história americana. Mais de trinta anos depois surge A Comissão Chapeleira .  O livro 2 de A Arma Escarlate explora com delicadeza a luta contra um regime ditatorial, o estupro, o massacre de crianças e adultos e a fragilidade dos Governos diante da loucura de uns poucos. Renata Ventura expõe de maneira clara, objetiva e sensível a tortura, física e emocional, sofrida pe...

A Arma Escarlate

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Conhecido pela literatura de Jorge Amado, Guimarães Rosa, Carlos Drummond de Andrade, Clarice Lispector, Machado de Assis e tantos outros imortais, o Brasil tem visto uma nova onda vermelha em suas regiões. Uma nova maneira de ver a literatura fantástica nacional. A Arma Escarlate não é, como alguns gostam de comparar, um "Harry Potter brasileiro". E ouso dizer, jamais o seria - e pelos bons motivos. Hugo Escarlate, o Idá do Dona Marta, é a representação real do jovem brasileiro, ainda hoje, esquecido pelo holofotes da mídia assistencialista. Hugo nasceu e viveu em uma favela. E poderia ter nascido e vivido no interior do nordeste, da amazônia ou no esquecido Acre, estado de Átila Antunes, e ainda assim representaria a legião de filhos sem pais(registrados); de jovens sem orientação social e educacional, vítimas e agentes da violência; de indivíduos imersos em submundos dos mais variados, do saudável ao nocivo. Renata Ventura explorou o que o Brasil tem de sobra: ...

Luz da Aurora

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Depois do barulho repetitivo que foi o bloco de rua "As Andorinhas" e cem folhas depois de A Arma Escarlate, o dia começou a despontar sobre o manto negro da noite ao som de pássaros e do barulho natural de automóveis, panelas e portas batendo - o som natural da humanidade acordando. Como havia passado a noite inteira na Korkovado com os Pixies e o Hugo, naquela venda maluca de cocaína, minha cadela também não saiu nem um minuto para passear e fazer os "chamados da natureza". E que surpresa não tive ao abrir a porta, caminhar por minha rua sem saída e deparar-me com a aurora pintando de cores vibrantes o céu de verão de Palmeira dos Índios. Enquanto a noite ia sumindo devagar, a luz do amanhecer foi limpando o céu noturno. Minha cadela correndo e pulando. Meus olhos pensando naquelas cores e no quanto perdíamos ao manter a tradição idiota de dormir cedo ou de não levantar quando ainda está escuro, isso para aqueles que já não trabalham bem cedinho. O céu, senhor...

Entrevista com Renata Ventura

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Renata Ventura em bate-papo com alunos das escolas Públicas Durante o III FOCULT - Fórum de Cultura e Territorialidade - e o I FLIJUPIN - Festival do Livro InfantoJuvenil de Palmeira dos Índios, a escritora Renata Ventura conversou comigo sobre seus livros, suas experiências e projetos na literatura. Renata, sempre muito simpática, voltará ao campus, esperamos, e é um prazer recebê-la. Esse bate-papo exclusivo encontra-se apenas aqui, por enquanto e espero que gostem! (Diferentemente do padrão, em que todas as entrevistas são escritas, o modelo gravado foi o mais oportuno e está dividido em quadros - dada a limitações técnicas.)