Postagens

Mostrando postagens com o rótulo 2018

"Se ficar de 4 é 4 anos de pau dentro"

Um hit que parece que vai ser o jingle natalino na periferia não está sendo atacado por ser "vulgar" ou de mal gosto, mas por prometer o que os homens não podem cumprir - quatro horas de sexo direto na mesma posição. A velha mania de falar mais do que fazer parece ser uma característica nata do brasileiro, da periferia à Capital Federal. Na periferia os lekes e os malandros prometem fodas homéricas enquanto que a verdadeira trepada, que arreganha e assa o povo, ocorre em Brasília. Robinho Destaky,  Abalo e Fernandinho Problema, ícones da Música Popular Brasileira, popularizaram o Brasil, que ficou de quatro nas eleições 2018 e agora vai levar pau durante quatro anos - porque o tempo, numa foda, depende do tamanho do rabo de quem está, alegremente, de quatro. Isso, sem sombras de dúvidas, é o Brasil: uma novinha de quatro levando pau do macho que canta funk, ou de que quem cita o famoso slogan "O Brasil acima de Tudo. Deus acima de Todos".

Uma barbárie eletiva

Imagem
Head of a ruler. Metmuseum. Estamos em plena barbárie. Não debatemos mais ideias, planos ou propostas de candidatos ao Palácio do Planalto. Agora nós nos agredimos. Passamos ao esfaqueamento de candidato, superamos as velhas táticas de propagar mentiras e passamos a produzir um estado dominado pelo terror, pelo medo, pelo bloqueio do diálogo. A que ponto chegaremos nós quando concluirmos que a ilusão que criamos não pode existir e que, no fim, amigos ou não, estamos dentro do mesmo barco? Onde estará a divisão violenta que ora produzimos e fomentamos quando a inflação bater à nossa porta, ameaçando o nosso almoço? O que faremos quando a violência física e moral que infligimos ao outro voltar-se, sedenta, contra nós, exigindo a paga pelo trabalho feito?