Chegamos ao fim

Existe quem se apaixone pelo fim e dele faça parte, projetando todas as experiências e amores na expectativa de término, de ponto final.
Pontos finais. Amores finais. Suspiro final.
Há uma dramaticidade em acabar tudo, em chegar ao fim. Na morte – seja de um romance, seja de uma vida.
É assim que se terminam os dias e começam livros, histórias e intimidades entre leitor e escritor, entre homem e mulher, entre vida e morte. A relação entre essas duas maneiras de estado, começo e fim, é o que determina as vitórias, a saudade e as noites insones.
É assim que se chega na sexta-feira, com o fim de uma semana útil, com amores guardados na gaveta, livros abertos na estante, um drama latente para o próximo começo.

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