Entrevista com Zélia Macedo
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Zélia Macedo |
A entrevistada de hoje é a Professora
Doutora Zélia Soares Macedo, Idealizadora e Coordenadora da Feira Estadual de
Ciência, Tecnologia e Artes de Sergipe - CIENART -, que já está encaminhando-se para a sua
terceira edição. Além disso, Macedo tem experiência na área de Física dos Materiais, com ênfase em nanomateriais, pigmentos cerâmicos, processamento a laser, cintiladores para imagens médicas e materiais bioconjugados. Participou da fundação do Programa de Pós-Graduação em Ciência e Engenharia dos Materiais da Universidade Federal de Sergipe (P²CEM). Atua em parceria com empresas do estado de Sergipe, como a Cerâmica S/A, e é consultora científica da Casa da Ciência e Tecnologia da cidade de Aracaju. Sempre muito atenciosa, a Professora concedeu-me uns minutos para um bate-papo rápido.
Rafael Rodrigo: Como surgiu a ideia de fazer uma feira
como a CIENART?
Zelia Macedo: A ideia surgiu
durante uma reunião na FAPITEC/SE, em que estávamos avaliando a SNCT de 2011 e
buscando propostas para aumentar a participação de professores e estudantes no
evento. A ideia inicial era incentivar Feiras de Ciências nas escolas, mas
rapidamente evoluiu para a organização de uma Feira Estadual de Ciências.
R.R.: Como vê a relação entre a execução de um projeto, artístico ou
científico/tecnológico, com a construção de uma escola mais eficiente?
Macedo: A ideia de projetos
pedagógicos já existe nas escolas. Vários professores e alunos já executam
trabalhos inteligentes e criativos. O que falta é o registro e a valorização
destas ações, para que outros sejam incentivados a também usar a experimentação
para melhorar o aprendizado. Procuramos fazer isso com a CIENART.
R.R.: Quais os resultados imediatos desses dois anos de CIENART?
Macedo: O número de bolsas
PIBICJr aumentou, a FAPITEC lançou um edital de auxílio a projetos de
professores da rede pública, a SEED aumentou o apoio à participação na CIENART,
as oficinas que realizamos durante todo o ano qualificam o professor e
acrescentam pontos a seu currículo. Esses resultados têm um reflexo direto na
qualidade da educação.
R.R.: Como analisa a ciência e a tecnologia no estado de Sergipe?
Macedo: O número de
pesquisadores cresceu bastante devido ao grande número de contratações da UFS
nos últimos anos. A qualidade da pesquisa que se faz em Sergipe é a mesma que
se observa no resto do Brasil.
R.R.: Acredita que há incentivos suficientes para os discentes, do interior
e da capital, para ingressar na Universidade e promover a Arte, a Ciência e a
Tecnologia?
Macedo: Eu acredito que
pessoas diferentes precisam de incentivos em quantidades diferentes. Para quem
realmente quer fazer, nem é necessário incentivo. No entanto, eu posso dizer
com certeza que os incentivos à pesquisa, à popularização da ciência, à
ampliação de vagas no ensino superior e à interação universidade-empresa
aumentaram bastante na última década. Os reflexos dessas mudanças na qualidade
de vida da população começam a aparecer.
R.R.: Em sua opinião, a Universidade, pública ou particular, está preparada
para acolher eventos como a CIENART e motivar discentes e docentes a
desenvolver trabalhos que incentivem a melhoria nas comunidades dos discentes
que desenvolvem o projeto?
Macedo: Sim. A Universidade
acolhe bem essas iniciativas. É só ter gente disposta a trabalhar.
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CIENART, 25 de outubro de 2013 |
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A entrevistada da semana durante a CIENART 2013 |
Siglas usadas na entrevista:
FAPITEC/SE - Fundação de Apoio à Pesquisa e
à Inovação Tecnológica do Estado de Sergipe
SEED – Secretaria de Estado da Educação de
Sergipe
PIBIC Jr – Programa Institucional de Bolsas
de Iniciação Científica Junior
SNCT – Semana Nacional de Ciência e
Tecnologia
Resumo da biografia extraído do currículo Lattes.
Essa entrevista foi concedida por e-mail.
Essa entrevista foi concedida por e-mail.
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