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Cine Brasil: Tenda dos Milagres

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O Brasil pode ser representado muito bem por suas produções cinematográficas. Hoje eu indico o filme Tenda dos Milagres, baseado na obra homônima do escritor baiano Jorge Amado, de 1977.  Tenda dos Milagres levanta questionamentos sociológicos e antropológicos sobre a mestiçagem brasileira e a extensão das religiões de matriz africanas que estão, em maior e menor grau, em todas a famílias brasileiras e influenciando as mais diversas profissões. Com direção e roteiro de Nelson Pereira dos Santos e diálogos riquíssimos, Tenda dos Milagres é uma verdadeira pérola do cinema nacional e que deveria ser assistido por todos aqueles que dizem não haver, na cinematografia nacional, bons filmes. Bom filme e boas reflexões!

Jorge Amado e seu Protetor

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“(...) Exu come tudo que a boca come, bebe cachaça, é um cavalheiro andante e um menino reinador. Gosta de balbúrdia, senhor dos caminhos, mensageiro dos deuses, correio dos orixás, um capeta. Por tudo isso sincretizaram-no com o diabo; em verdade ele é apenas o orixá em movimento, amigo de um bafafá, de uma confusão mas, no fundo, excelente pessoa. De certa maneira é o Não onde só existe o Sim; o Contra em meio do a Favor; o intrépido e o invencível. Toda festa de terreiro começa com o padê de Exu, para que ele não venha causar perturbação. Sua roupa é bela: azul, vermelha e branca e todas as segundas-feiras lhe pertencem. Há várias qualidades de Exu: Exu Tiriri, Exu Akessan, Exu Yangui, muitos outros. Exu leva o ogó, sua insígnia, e gosta de sentir o sangue dos bodes e dos galos correndo em seu peji, em sacrifício.” JORGE AMADO