Porta-Estandarte

Embora o mundo não canse de ser indiferente e aprendamos com ele a arte cruel da indiferença, continuamos seguindo em frente, olhando para o além, mesmo sem esperança ou perspectivas.
Gostaria de abrir a minha porta e olhar as nuvens carregadas com a admiração de alguém que descobre algo novo; gostaria de ficar acordado esperando o raiar do dia na ânsia de poder ter a alegria de começos e recomeços.
E seria uma alegria ter a ingenuidade ignorante daqueles que em tudo creem, mesmo diante das maiores estupidezes.
No entanto, o que tenho é o oposto disso tudo porque aprendi com propriedade tudo o que o mundo quis ensinar-me. E ele me ensinou a apatia, a indiferença e a melodiosa audácia das propagandas mentirosas. 
Está, a desfilar na rua, a segunda-feira. E eu sou o porta-estandarte da ironia.
E isso é tudo o que há para contar quando o sábado terminar.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Reunião de faces

Maníaco do Parque: entre o personagem e o homem

Nada além do que virá