Crônica de uma vida insuficiente XXV

Tem horas, muitas até, que bate o desânimo e a desesperança. São tantas injustiças, tanta crueldade, tanto querer insatisfeito que chega a sufocar e a nublar o futuro e o presente.
Nessas horas a fé é questionada. E nesse embalo entram indagações sobre o objetivo de  cada ação, de cada conquista,  de cada esforço. E ninguém pode ajudar porque isso é tão íntimo que chega a ser inútil qualquer tipo de explicação ou consolo.
A vida sempre é insuficiente nesse vale de lágrimas. Nela sempre há de faltar o que a inveja deseja, o que o ciúme avara, o que a mesquinhez persegue. E sempre haveremos de querer, como o Devorador, do que é do outro. 
Nunca satisfeitos, a vida segue insuficiente.

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