O que querem os empregadores?

O momento de crise econômica pelo qual passamos e que se arrasta há anos denota o despreparo daqueles a quem elegemos e a nossa completa incapacidade de escolher- até mesmo o pior. Não raro, nesses períodos surgem novos negócios, outros falem e toda a dinâmica do mercado precisa ser revista para que, em um futuro qualquer, tenhamos o mínimo para só sobreviver.
É aí que entra a loucura dos empregadores no processo de contratação e que nem mesmo a tecnologia em Recursos Humanos é capaz de controlar.
Mesmo sendo despreparados, e  justamente por isso, os empregadores querem candidatos com anos de experiência,  com inúmeras habilidades e uma carga intelectual incompatível com a idade destes ou com a proposta salarial oferecida. E se deixam essas exigências de lado, querem empregados que abdiquem do horário do almoço,  das férias,  do pagamento das horas extras e de quaisquer benefícios em troca apenas da metade do salário mínimo.
Em suma, os empregadores não querem pagar o mínimo por um funcionário preparado ou não querem pagar nada por um funcionário que seja mais ignorante que eles.
É essa a realidade do mercado de trabalho no interior de Alagoas,  onde os subempregos  multiplicam-se exponencialmente e a pobreza se alastra por ruas e avenidas, favelizando os "ricos" e escravizando os "pobres". Alagoas não é um estado receptivo para formados no ensino superior. Não é favorável aos pós-graduados ou aos técnicos. É o lugar onde empreendedorismo é apenas uma palavra grande e sem sentido para os empresários.
A crise há de continuar. O povo há de embrutecer-se ainda mais e a pobreza, a falência comercial e políticas públicas ineficientes farão mais e mais vítimas até que os empresários consigam compreender o conceito de sobrevivência e desenvolvimento econômico sustentável.

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