As guerras comerciais de Palmeira dos Índios

Em tempos de crise são mais que bem-vindas as oportunidades, até então ignoradas. No entanto,  mesmo nesses tempos, quando a frágil estrutura comercial de certos municípios, como Palmeira dos Índios, é posta à prova surgem verdadeiras guerras comerciais que, vez ou outra, beneficiam os clientes. 
É o que ocorre na "Princesa do Sertão". A inauguração de novos empreendimentos destinados à comercialização de lanches e refeições tem deixado empreendedores mercenários com os nervos à flor da pele ante à concorrência.
No ramo das pizzarias a guerra comercial beira o ridículo e em nada beneficia o consumidor. De um lado, um empreendimento kitsch acostumado a dominar os clientes através de preços e práticas abusivas vê-se agora ameaçado por inovações originadas em outros estabelecimentos e a inauguração de novas opções,  que já gera a divisão da clientela e obriga-o a fazer promoções duvidosas quase diariamente. Do outro lado, estão os clientes a questionar a qualidade anunciada, promovendo a debandada da então consolidada clientela assídua.
No setor dos sorvetes, há a cisão de uma microempresa familiar, que ocasionará, se não a falência completa do clã,  pelo menos de parte deste. Some-se a isso o fato de estar se nutrindo uma verdadeira ojeriza entre os principais varejistas de açaí e sorvete que promete muito burburinho e nada de proveitoso, para o todo e para as partes.
Além disso, o já habitual quadro de falência das lojas varejistas do calçadão,  a decadência da feira livre, as dificuldades dos pequenos e legalizados comerciantes da cidade tem feito de Palmeira dos Índios um lugar em que ninguém quer comprar nada, contratar ninguém ou investir em inovações práticas e baratas. Tem se tornado um lugar de preços altos, serviços medíocres e de questionável desenvolvimento.

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