Pré-candidatos palmeiríndios

Foto: Vista de Palmeira dos Índios. Rafael Rodrigo Marajá.

A corrida eleitoral em Palmeira dos Índios já tem mostrado suas primeira características - sempre estranhas e efêmeras. Dos pré-candidatos divulgados dois deles já começaram a comprar o povo com circo e fofoca.
Um deles atraiu, segundo alardeia a imprensa silvícola, vinte mil pessoas em um bloco carnavalesco. O outro, em uma ousada e indireta campanha, inaugurou um jornal para "informar a população". E dos dois apenas o primeiro parece ter acertado já que ler e buscar informações, ainda que não totalmente seguras, não é o forte dos palmeiríndios.
O que de fato deveria ter sido feito para garantir o passe para o paço municipal não foi feito e, suponho, sequer pensado: fazer boas obras nos anos antecessores, para aqueles que ocuparam uma cadeira na Câmara Municipal ou órgãos do Governo Estadual.
Caminhando pela cidade, coisa que nossos nobres homens e mulheres públicos não fazem, pode-se encontrar a Praça Moreno Brandão abandonada ao descaso - a Índia de bronze opaca de sujeira e a fonte da qual faz parte seca e servindo de lixeira para a própria prefeitura -; o açude municipal largado ao uso de esgoto e fossa pública; vias sem calçamento, no centro e na periferia; um hospital que não funciona e uma UPA que faz as vezes de hospital; animais abandonados e sendo maltratados nas ruas; uma FUNDANOR sem assistência; praças destruídas para "reformas" eternas e escolas sem atenção adequada. E isso tudo está dentro da "normalidade" comum municipal na qual nem os vereadores nem os interessados em ocupar o paço tomam uma atitude.
Agora chove pré-candidatos oferecendo meia hora de música, uma carona para Maceió ou uma folha de jornal para tentar convencer a população que isso é o melhor para Palmeira dos Índios. Até agora nenhum dos nomes mostrou-se digno de receber mais que dez minutos de atenção - quanto mais um voto.
O pior é que se tirar as parcelas da população que vende o voto, que deve o favor (já que pegou uma carona até a capital, frequenta blocos carnavalescos e afins e pega jornal de graça, por exemplo) e os que são bajuladores profissionais resta uma parcela mínima que é incapaz, sozinha, de eleger alguém com real compromisso com a coisa pública.
O que se verá nos próximos meses será uma paródia democrática, mais uma vez, em que promete terminar com mais do mesmo, infelizmente.

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