Fota-imagi

Os palmeiríndios tem uns hábitos que são estranhos em demasia - não que alguns deles não sejam replicados em diversos outros municípios do interior de Alagoas. Dia desses descobri a sala no meio do mato e o homem que só caga no mato. Hoje eu descobri que o mato seco e um cavalo esquelético e sedento pode ser um pano de fundo muito interessante para aquela série de fotografias de domingo que, depois de um filtro e, quem sabe, uns cortes, serão expostas nas redes sociais. 
A tarde já ia avançada quando duas garotas iam de uma moita à outra, sentando-se no chão de areia, procurando a melhor pose para a foto arrasadora. 
Há quem defenda que o fundo "natural" é melhor que a parede sem reboco. Para mim, se o mato não for nada além de mato seco ou tendendo à sequidão não há diferença entre ele e a parede sem reboco.
Mas as garotas devem ter gostado bastante - um cheirinho agradável de carniça, um espinho na canela e os mosquitos de fim de tarde são sempre o charme a mais que, infelizmente, não sai na foto.
As pessoas estão ficando cada vez mais doidas. Quando não é matando um golfinho para tirar uma selfie é se embrenhando no meio do mato para parecer cool.
A tarde de domingo, ao menos para mim, foi muito interessante vendo a loucura alheia de uns projetos de índios midiáticos.

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