Número Zero
Em 1992 o Comendador reúne um grupo de jornalistas para editar o
Amanhã, um jornal que nasce eivado de ilegalidade, cuja circulação é ameaçada
pelos interesses do Comendador. As notícias tornam-se irrelevantes e possuem o
objetivo de manipular a opinião pública na direção de supostos dossiês e
escândalos. Os números zeros servem apenas a propósitos obscuros e mesmo sendo
um jornal de, notadamente, uma imprensa marrom, alguns de seus jornalistas
investigam demais sobre o próprio funcionamento do Amanhã como da história
italiana.
O suposto assassinato de Mussolini, em 1944, e o envolvimento do
Vaticano e do Parlamento em uma farsa histórica, cujo pano de fundo é o exílio
na América do Sul e os meandros da política italiana e vaticana, levam à morte
para um dos jornalistas do Amanhã e a completa dissolução do jornal.
Em Número Zero Umberto Eco
expõe a farsa da imprensa e de como as forças políticas interferem no conteúdo
das notícias veiculadas nos mais diversos meios de comunicação. Mostra o que
pode ser o cotidiano de uma redação e aproxima-se, com uma ficção
assustadoramente real, daquilo que se vê nos jornais brasileiros.
Um romance que tira a venda da ingenuidade do
leitor e que pode abalar a confiança da sociedade sobre as agências de
notícias.
Clique aqui e leia Um quarto no escuro.
Clique aqui e leia Áspide.
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