Poeira do sem-tempo


E quando você não vier
Nem mandar o vermelho dos olhos
E quando você não chorar
Nem de grito arrebentar-se
E quando você assustar
Nem sustar o desapontamento
E quando você é instante
E eu desinteressante
É quando você é poeira
E eu o sem-fim do tempo

Foto: Paraty-RJ. Rafael Rodrigo Marajá

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