Postagens

Mostrando postagens de 2013

Sob o Céu de uma Cidade

Imagem
O melhor do nordeste aparece quando o povo assume sua identidade e faz de suas peculiaridades uma obra de arte. É assim que surge a literatura, mais expressiva em cordéis, o artesanato, as tão famosas estátuas de santos, a comida e as invencionices e crendices tão aconchegantes de vasto território nordestino. Juntando literatura, artesanato, crendices, pré-julgamentos e muito achismo, os cidadãos de Mandacaru do Norte desenvolve o cotidiano tão “nordeste”. Lá tem beatas que santificam que possui segredos escabrosos, julgam quem desafia os costumes, muitas vezes infundados, vivem esperando a salvação que pode não chegar; tem o poder da amizade e da politicagem; tem a nova modalidade de coronelismo; tem costumes, nordestinos-sulistas; tem alma e tem povo. Capa da Obra A Novela de Cássio Cavalcante, Sob o Céu de uma Cidade , é a tradução do interior de uma cidade, dos habitantes de todas estas, das criações e crias de diversas cidades sob um olhar realista o suficiente para to...

O sossego do fim

Em cada final de período sempre há o que analisar. Rever as perdas, os valores e as vitórias. Há a possibilidade de olhar pra trás para vir o caminho percorrido. É olhando para trás é que se percebe os erros e acalenta os acertos. Em cada final, também, aparece o sorriso meio triste que significa, simultaneamente, saudade e dever cumprido. Nesses finais, pessoas que foram ícones de significados subjetivos de música e poesia durante boa parte do tempo, já não mais existem. Livros foram lidos e agora são acervo. Músicas foram ouvidas e tornaram-se marcos. O final apenas abriu precedentes para o novo, a melhoria e o crescimento. Finais não precisam ser tristes, no entanto devem ter a pitada de saudade habitual acrescida de uma boa rodada de auto-aprovação.

Uma hora

Durante o verão, nos trópicos, existe uma possibilidade imensa que é desperdiçada todos os dias durante pouco mais dos três meses de veraneio da humanidade.  Essa possibilidade é o simples fato de ter a luz solar às quatro da manhã, todos os dias – com a rara exceção dos dias nublados e chuvosos. Aparentemente irrisório, acordar cedo durante o verão, e , diga-se, a primavera, brasileiro é uma conquista a mais quando esse fato é utilizado adequadamente, de modo produtivo, durante o tempo que ele dura. E não só acordar cedo. Fazer mais, trabalhar mais, fazer mais Hobby, divertir-se mais. É uma adição à vida e a uma gama de outras tantas possibilidades. Entretanto, quem acorda cedo? Quem levanta às quatro e observa o nascer do sol? Quem vive?

À Beira do lar

Imagem
Escrever, muitas vezes, é apenas expressar os eventos do cotidiano com a delicadeza de uma bela ironia ou com a graça de uma grande tristeza. Escrevendo, sob a luz de uma emoção, ou sob a graça de escrever, surgiu um dos mais prazerosos livros já escritos na nova literatura brasileira. De Luis Vassallo, À Beira do lar é uma obra que prende o leitor do começo ao fim – que se não tiver cuidado lê-lo de uma única vez, sem parar. Capa da Obra Vassallo coloca em suas páginas um lar, uns tantos sentimentos, uns momentos, pessoas, vidas, tempo, espaço e cotidiano de um modo inovador, capaz de tornar qualquer insônia em reflexão, divertimento, relembramento. Uma obra que passa do autor para o leitor como se aquele estivesse contando a história ali, pertinho, para este. À Beira do Lar , e não confunda lar com mar!, é um livro que não precisa de apresentação nem de palavras bonitas em sua capa, pois é por si só as palavras bonitinhas que o apresenta. Expressa eventos com as particular...

Poema feio

E se a frustração de um amor for apenas um aviso? E se a paisagem for o quadro na parede dos cem anos? E se solidão for o axioma da vida? E se vida for morte? E se a morte for o agora, presente? Se amar for odiar, do lado avesso? Se estar inteiro for quebrar-se em medos? Se deixar ir for ficar quebrantado? Se caminhar for retroceder para viver? Talvez, os se’s são demais  E demais é muito pouco Para quem pouco quer. 

Entrevista com Isvânia Marques

Imagem
Isvânia Marques. Foto: Gazeta Web A entrevista de hoje é com a Professora, Escritora e Presidente da Academia Palmeirense de Letras, Ciência e Artes (APALCA), Isvânia Marques. Nessa conversa sobre literatura, Graciliano Ramos, Incentivo à produção textual e à leitura, Marques desmistifica a APALCA, convida a todos a visitar e conhecer sua obra, os escritos dos mestres e fala sobre a oportunidade de escrever e refugiar-se nas folhas de uma prosa. Sobre si, sobre como se tornou representante dos acadêmicos em Palmeira dos Índios, essa é uma conversa muito interessante para os fãs da escritora, para os Palmeirenses e para aos amantes das letras.  Rafael Rodrigo: Qual seu primeiro contato com a literatura? Isvânia Marques: Ainda adolescente. Adorava poesias e contos puramente românticos. R.R.: O que a motivou, pela primeira vez, a escrever? Marques: A timidez. Ficava mais fácil de escrever no papel do que falar às pessoas sobre os meus sentimentos... Lembro...

Árvore de Panetone

Imagem
Árvore de Natal de Panetones De repente, em dezembro, em pleno calor do nordeste brasileiro, aparecem milhares de árvores de Natal – cada uma com um estilo e uma disposição física diferente. Dentre elas, a menos popular é a que se adequa ao nordeste, a que mais se parece com o nordestino e sua cultura. A mais popular é o pinheiro, árvore não nativa do Brasil, que só chega às casas dos nove estados através de uma imitação horrenda feita de polímero. À parte essa importação cultural polimérica, outro tipo de arranjo quase igualmente comum é aquela que é confeccionada com o intuito de ser destruída para fins lucrativos e que podem ser encontradas em estabelecimentos comerciais de todo o País, atendendo as necessidades de todas as classes sociais; é a árvore de Natal de Panetones. São enormes. Gigantescas até. E cumprem a mesma função: proporcionar ao pobre o desejo de ostentar, ainda que parcamente, a ideia de igualdade, e ao rico, a ideia de qualidade. São inúteis, sem graça e ...

Fácil Fácil

Imagem
Vista das terras de Alagoas O Fácil é apenas uma ilusória sensação de seguridade, de conquista. Para ser de verdade, não pode ser fácil. Precisa ser dificultoso (não muito). Ou, em outras palavras, em um nível menor de facilidade, pois dificuldade são só níveis baixos de facilidade. Mas nem tudo o que vem fácil precisa ser menosprezado. Apenas agradecido. Facilidade é tão importante quanto a dificuldade, é tão colaboradora para o desenvolvimento do caráter quanto os dogmas religiosos. Nesse aspecto, aproveitar a facilidade de uma praia, sempre gratuita, ou da informação, nem sempre boa, é só uma questão de escolha, de diferenciação. O Fácil é uma arma poderosa, depende apenas da dose diária.

Chegamos ao fim

Existe quem se apaixone pelo fim e dele faça parte, projetando todas as experiências e amores na expectativa de término, de ponto final. Pontos finais. Amores finais. Suspiro final. Há uma dramaticidade em acabar tudo, em chegar ao fim. Na morte – seja de um romance, seja de uma vida. É assim que se terminam os dias e começam livros, histórias e intimidades entre leitor e escritor, entre homem e mulher, entre vida e morte. A relação entre essas duas maneiras de estado, começo e fim, é o que determina as vitórias, a saudade e as noites insones. É assim que se chega na sexta-feira, com o fim de uma semana útil, com amores guardados na gaveta, livros abertos na estante, um drama latente para o próximo começo.

Arbítrio

O poder do arbítrio está relacionado com o sucesso e o fracasso, definindo o que se chama de futuro. É com o arbítrio que grandes nações são formadas, outras são destruídas. Por meio dele o homem pode alcançar o Paraíso, ou chegar ao Inferno. Pode tornar-se materialmente rico, ou não. Tudo isso depende das crenças e das escolhas de cada um. O Arbítrio é o símbolo virtual da fé, pois torna o homem senhor de seu próprio caminho; criador de seu próprio futuro; promovedor de suas conquistas. É por esse meio que se estabelece as mais variadas formas de manifestação de fé, que destrói o próprio homem quando este não percebe e respeita o livre poder de decisão do outro. Desse modo, formalmente simples e imenso, o homem possui a capacidade de escolher os caminhos que deve percorrer e, assim, o caminho de toda a humanidade. É assim que chegamos aos circos religiosos, passamos por duas grandes guerras, provocamos a riqueza de uns e a corrupção de outros. É assim que caminhamos para o futu...

Para ti, Graci(liano)...

Imagem
Graciliano Ramos pertence ao rol de autores-pilares da literatura brasileira. É de uma escrita ora seca, como as secas terras do interior alagoano, ora é de uma profundidade como a alma crente na esperança dos sertanejos. Ramos traduziu, sob a fumaça do seu cigarro, o homem e a mulher, lutadores e vencedores das adversidades diárias, o ambiente os animais. Capa da Obra Talvez, tudo o que se possa dizer sobre Graciliano, seja apenas mais palavras que podem ser enxugadas – como ele mesmo fazia. No entanto, Para ti, Graci(liano)... , da escritora Isvânia Marques , é o que há de diferente no mundo das homenagens póstumas a um grande escritor. Na obra, Marques declara sua paixão pelos escritos de Graciliano Ramos sob o olhar de sua vida e obra, tão rica e adversa como só um grande escritor pode ter. Um escritor falando de outro, com emoção e dedicação. Para ti, Graci(liano)... pode ser entendido como um manual para as novas gerações que ainda não conhecem o Graciliano escri...

Entrevista com Roberto Dalmo

Imagem
Roberto Dalmo A entrevista de hoje é com o educador, poeta e escritor Roberto Dalmo Varallo Lima de Oliveira. Nesta semana, a temática é a interdisciplinaridade entre educação e arte, no contexto social do indivíduo. Dalmo, carioca de Niterói, licenciado em Química pela Universidade Federal Fluminense e Mestrando em Educação em Ciências pelo CEFET - RJ, fala sobre sua experiência nesse contexto, sobre suas obras e evidencia a capacidade humana de inovar e fazer mais e melhor.  Rafael Rodrigo:  O que é educação, para você? Roberto Dalmo:  É preciso ter calma e cuidado nessa hora... Educação, para mim, é um processo amplo que visa à nossa transformação em seres humanos sociáveis, ou seja, capazes de interagir com outros seres humanos.  É bacana entender isso como um processo que não ocorre apenas na escola, mas a escola é um dos caminhos.   R.R.:  Como a arte e a educação se encaixam nas escolas públicas, onde as dificuldades no ...

Nara Leão: A Musa dos Trópicos

Imagem
Não é difícil ouvir, por aí, uma confusão entre os conceitos de Bossa Nova e Música Popular Brasileira. E da mesma maneira comum, não é fácil ouvir falar de Nara Leão, Elis Regina, da Bossa Nova e da história brasileira através da música, da boa música. Também não é razoavelmente encontrável uma obra que tenha tudo isso, raridades, e que ainda pareça um romance, que embala o leitor na vida e obra de quem é alicerce. Capa da Obra É assim que é Nara Leão: A Musa dos Trópicos , do escritor e jornalista Cássio Cavalcante . Na obra, Cavalcante torna a Nara, cantora, a companheira do leitor amante da música; torna Nara, a pessoa particular, um exemplo de querer o melhor, mesmo pagando os custos da fama ou do autoritarismo; torna Nara, a amiga, em um exemplo de amizade. Torna Nara em Musa, ou melhor, evidencia este fato. Nara Leão: A Musa dos Trópicos pode se entendida como meio biografia meio romance; meio Brasil meio Mundo; meio partitura meio letra – sempre canção. De tudo ...

Entrevista com Lízien Danielle

Imagem
Lízien Danielle A conversa de hoje é sobre literatura, erotismo e escrita com a escritora Lízien Danielle, que escreveu seu primeiro romance aos quatorze anos e não parou mais. Lízien é graduada em letras e especialista em língua portuguesa com ênfase do leitor, o que nos leva a concluir que é uma especialista em transportar o leitor ao mundo mágico da literatura. A baiana fala-nos sobre sua experiência na literatura e sobre suas visões acerca dos caminhos por onde anda.  Rafael Rodrigo : Lízien, o que escrever significa para você? Lízien Danielle: Transportar para o papel um mundo imaginário só meu que divido com meus leitores. R.R. :  Em seus livros, até que ponto está o personagem e até onde vai a Lízien, escritora, nas histórias? Lízien: Minhas personagens são todas fictícias, mas há um pouco da minha personalidade em cada uma delas. A personagem é sempre o núcleo de tudo. Eu entro quando começo a induzi-la a pensar como eu pensaria s...

Brasil

Meu rosto tem um olho que é tão negro quanto a pele dos trabalhadores vindos da África e uma visão tão aguçada quanto o olhar resistente do sertanejo nordestino em meses de seca. Tem outro globo ocular que cintila no azul turquesa dos colonizadores do sul cuja beleza valsa ao som do desenvolvimento e tecnologia vinda de outras nações. Um rosto de um país inteiro. País que verte em seus rios as revoluções e as lutas pela igualdade de gênero e de direitos; uma Nação que busca sua independência todos os dias, no mais límpido processo de evolução natural. Brasil. País que possui a história das cicatrizes do homem estivador que lutou contra a ditadura e da juventude que tomou o poder no Congresso. Dessa forma, a Nação que se reforma é um País unido e enriquecido pelas lutas e pela inaceitável condição de desrespeito do Poder Público, apesar de eleito pelo próprio povo, e pelo novo cenário econômico e social que se estabelece desde a primeira década deste século. O Brasil que está send...

O Rouxinol e o Imperador da China

Imagem
O que faz uma obra literária tornar-se um clássico da literatura universal? A resposta pode não ser nada fácil, entretanto pode ser bem entendida pelo leitor leigo que ao ler um dos clássicos e perceber a intensidade dos sentimentos através de palavras simples, colocadas no lugar certo, no momento preciso em que a emoção materializa-se em palavras, sente-se integrante da história, adaptada ao seu próprio tempo  e lugar. É em um caminho como esse que Hans Christian Andersen criou um das mais impressionantes e tocantes obras de todo o planeta: O Rouxinol e o Imperador da China . Nela, Hans constrói não apenas um amontoando de palavras nas quais o leitor pode desenvolver suas próprias conclusões, mas um lugar, literalmente, onde qualquer pessoa, de qualquer idade, pode compreender o significado de pessoas, animais e eventos realmente important es na vida de quem lê e na sociedade. Ilustração do conto Andersen ultrapassa o limite conceitual de infantil e adulto e escreve co...

Do Amor?!

Imagem
by Nokia Amor, dizem, é aquilo que faz sorrir quando a pessoa amada se aproxima.  É aquele riso involuntário que insiste em ficar no rosto, quando o ser amado vem, passa e fica. Um riso que constrange de tão alegre e aberto. Uma expressão do mais alto grau de denúncia. Paixão fluente Desejo ardente Do amor?! Nossa que horror E quem, ao ver chegar, aquele amor, não sorriu? Da lealdade?! Que maldade O amor que é um bobo Amor é prisão libertária, fase solta de um corpo que voa como folha seca do outono para o lugar seguro dos braços alheios, sempre presentes. O amor também é triste, sempre que o motivo do riso se vai. Sempre que a falta de motivos é um motivo para não existir mais a paixão, semente bombástica desse amor. Bobo seria perder-se-ia Se algum dia Amar iria Versos da Poesia, Amor?!, de Naillys Araújo. Prosa de Rafael Rodrigo Marajá  Sessão: Prosa e Poesia. Parceria.

Um domingo sincero

Imagem
A Cidade do Amor, Palmeira dos Índios, à noite “Então volta, traz de volta o meu sorriso” canta o Araketu em uma das verdades inexoráveis que o homem costuma acreditar, principalmente no domingo, quando a preguiça instala-se entre a porta e a cama. Uma verdade difusa, aberta a contestações. Dúbia. O indivíduo deixa o outro fazer consigo tudo o que ele mesmo permite. E aí, sem razões lógicas, ouve-se, de domingo a domingo, milhares de pessoas reclamarem de seus sorrisos perdidos por esse ou aquele alguém, por aquele ou esse motivo. Tudo uma mera ilusão que vivem por acreditar que outrem pode ser a razão da felicidade. E se o sorriso, que sempre vem junto com a figura de alguém, não mais aparecer? E se tudo acabar, sem aviso? E se uma mensagem de texto, atrasada, chegar revelando todo o trágico fim de uma felicidade? E se essa felicidade nunca existiu de verdade e o que acreditava ser um saudável relacionamento não passou de uma solidão vivida por dois? Da preguiç...

Vamos jogar, certo?

Imagem
Solenidades da Independência são ótimas. Lembranças dos Marechais também. E as notícias também foram agradáveis para a maioria da população brasileira no que se refere ao escândalo da corrupção dos mensaleiros. E já que é o feriado, um dos mais importantes para a história nacional, há uma sugestão interessante a ser adotada pelo Governo brasileiro: a volta dos cassinos! Os cassinos deveriam ser permitidos no Brasil, para os maiores de 60 anos ou/e aposentados, com pequenas participações para quem alcançar a idade de 50 anos. Por quê? E por que não?  - Cena de 11 Homens e um segredo Com casas de jogos presenciais, devidamente autorizadas, as casas lotéricas, em todo o território nacional, teríamos menos idosos inchando as filas apenas para fazer jogos, as pessoas iriam gastar menos tempo em filas e todos seríamos felizes  - com filas menores. E as lotéricas continuariam suas transações bancárias. Claro que alguns irão dizer que jogar é pecado. Depois dos 50/60 a...

Da semana

Imagem
A semana termina, antecipadamente, com as novidades, não muito agradáveis para uns, não muito ruins para outros. Obra e Troféu Na Princesa do Sertão alagoano, Palmeira dos Índios, a notícia de que a possível transformação do povoado Canafístula de Frei Damião em município foi o suficiente para animar alguns possíveis futuros munícipes. E como a alegria de pobre dura pouco, a Presidente Dilma Roussef não sancionou a loucura de aumentar a quantidade de municípios em todo o Brasil. A consequência imediata foi que Canafístula vai continuar sendo um povoado. A ideia aparentemente boa de transformar o povoado em uma entidade independente só geraria gastos desnecessários ao Estado, à União e ao Município de Palmeira dos Índios. Pois, em que se basearia a economia e o comércio da nova cidade? Em outro ponto, no ramo literário, o jornalista Audálio Dantas levou para casa o Prêmio Jabuti 2013, com o melhor livro As duas guerras de Vlado Herzog – Da perseguição nazista na Europa à ...

A garota que eu quero

Imagem
Capa da Obra O que se quer é um amor sem problemas, com um ser que adivinhe a mente, seja prático e totalmente desvencilhado do humanismo e romantismo exagerados... alguém que se encaixe perfeitamente no mundo particular, inteligente, portador de uma beleza singular e atraente, perfeito... Espere! Isso não e possível. Assim como ter uma família perfeita. As famílias têm lá suas inúmeras dificuldades internas, suas disfunções – quase anomalias. Associado a isso ainda tem as neuroses inerentes a cada estação etária dos indivíduos, a busca por reconhecimento, amor, bem-viver. Em um quadro pintado pela realidade de muitas famílias, em diversas cidades, a cabeça de Cam percorre ruas e janelas, vielas e estados emocionais na busca por algo que se encaixe perfeitamente na vida, de todos inclusive. Cameron, o protagonista de A Garota que eu quero , do autor Best-Seller Markus Zusak, é a representação fidedigna de como é viver no emaranhado de uma família grande, com as felicidade...

Passaturo: fale-me das lembranças

Imagem
by Nokia Louco é aquele tempo em que a gente vai à Padaria e se apaixona pela atendente, só pelo sorriso cortês e obrigatório de toda atendente. É o instante fundamental em que a desilusão toma conta do corpo e da alma, seja depois de um concurso – literário ou de moda – seja depois de um amor que acaba inexplicavelmente. Como eu queria de volta aquela inocência de criança Queria de volta aquele tempo Aquela “Velha Infância” A gente cresce e perde Aquela doçura, aquela ternura. A pureza do riso sincero Riso de criança que contagia. Riso que alegra e traz calmaria. Riso que traz certeza e uma pureza... Que simplesmente se esvai! O resto são propriedades naturais da vida, ou do momento exato em que de loucura todos se alimentam. Como queria de volta aquela inocência de criança! Sentir o gosto de um novo doce Doce gosto de infância Acreditar que “as nuvens são feitas de algodão...” De repente pequeno; não tão de repente, grande. H...

Entrevista com Zélia Macedo

Imagem
Zélia Macedo A entrevistada de hoje é a Professora Doutora Zélia Soares Macedo, Idealizadora e Coordenadora da Feira Estadual de Ciência, Tecnologia e Artes de Sergipe - CIENART -, que já está encaminhando-se para a sua terceira edição. Além disso, Macedo tem experiência na área de Física dos Materiais, com ênfase em nanomateriais, pigmentos cerâmicos, processamento a laser, cintiladores para imagens médicas e materiais bioconjugados. Participou da fundação do Programa de Pós-Graduação em Ciência e Engenharia dos Materiais da Universidade Federal de Sergipe (P²CEM). Atua em parceria com empresas do estado de Sergipe, como a Cerâmica S/A, e é consultora científica da Casa da Ciência e Tecnologia da cidade de Aracaju. Sempre muito atenciosa, a Professora concedeu-me uns minutos para um bate-papo rápido. Rafael Rodrigo: Como surgiu a ideia de fazer uma feira como a CIENART? Zelia Macedo: A ideia surgiu durante uma reunião na FAPITEC/SE , em que estávamos avaliando a SNCT...