Denegrir
Tornar-se negro não é apenas declarar-se!
A negritude está no molejo do andar e no gosto pela comida. Na dança ritmada e na alegria de compor novidades em teias de dificuldades. E foi justamente da dificuldade que surgiu a riqueza culinária e cultural do Brasil.
Através de muita luta e sofrimento, mas também de coragem e devoção alicerçamos nossa nação em princípios inalienáveis da etnia negra. Derrubamos mitos e, aceitando os problemas de frente, estamos conseguindo reverter o preconceito secular sobre os de pele escura.
Os eufemismos agora tomam conta de tribunais, não de exceção, e de escolas propagados pela ideia de eliminar o preconceito. Breve retrocesso da casa grande!
O negro tem que se assumir sua cor não para entrar em universidades e processar outros seres, muitas vezes de intelecto mais fraco e perturbado, mas para mostrar a beleza da cultura e a força, inclusive biológica, da negritude.
Embora estejamos vivendo um período em que a negritude é forma de vantagem, não podemos esquecer que o preconceito é um fenômeno que não pode ser destruído, apenas rejeitado. E, a partir disso, é que a verdadeira política social pode ser feita.
A educação ainda é a principal ferramenta de combate ao preconceito étnico. Agora precisa ser também a arma contra os excessos que podem surgir com essa nova onda de "todos somos negros perante de Deus e o Homem".
Há muito ainda por fazer! Há muito que já foi feito pequenas coisas refletidas hoje em benefício universal de todos!A verdadeira comemoração, no entanto, será quando os indivíduos não se declararem negros somente, mas viver plenamente suas raízes na conteporâneidade.
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