A hora da Senhora do Entardecer

O notebook, há tempos ligado com o Power Point aberto, aguardava minha boa vontade de parar e fazer minha obrigação cujo prazo está acabando.
Sacolas espalhadas no chão denunciam minha completa falta de interesse em revolver-lhes até a completa organização.
É sábado e fez tempo quente nesse pedaço da caatinga. O inverno acabou  mesmo - foi embora e nem se despediu.
Dentre tudo o que podia fazer a melhor opção era observar, do alto, o findar do dia, saudando a Senhora do Entardecer. 

Muda-se a paisagem, destroi-se a Lembrança e o tempo passa. 
Mutante vida, apenas sua beleza não se desfaz.
A Senhora dos Nove Oruns é a Mãe que rege, protege e abençoa e na ponta do seu florim está a direção do meu caminhar.
Sob os telhados as pessoas não podem imaginar o tempo do findar do dia e diante da ignorância, não há o que repreender (os ignorantes não sabem o que dizem).
O mundo espera.
As atividades mundanas esperam.
Eu espero.
Porque quando ela passa todos os homens a saúdam!

EPARREY!

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