O que se quer

O que eu quero não aceita o peso das mesquinharias de gente cujo mundo é limitado apenas ao redor de si. Não aceita nada o recrudescimento da evolução social que acontece a todo o momento, em todos os lugares.
O que eu quero aceita o sol do meio-dia sobre a minha cabeça por quilômetros, em uma caminhada que atravessa bairros, histórias, perguntas, pedidos e divide a rodovia com caminhões carregados de carga viva, automóveis, caixas e gentes.
O que eu quero aceita o olhar escarnecedor de quem não faz a mínima ideia do que vê e, por isso mesmo, escarnece. 
O que eu quero sente o calor do asfalto no semiárido.
O que eu quero vê a paisagem que se monta com eucaliptos.
O que eu quero é muito maior que o eu, o você, o nós.

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