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Mostrando postagens de março, 2015

O fedor de boca feliz

Buscar a felicidade, o amor, a fama e a riqueza - eis aí a nossa maior ocupação na vida. E quando alguém simplesmente não sabe o que fazer, nem quando fazer, por falta de orientação ou paciência para tramas e traições, é lhe feito caretas e dito-lhe adjetivos pouco louváveis. Afinal, todos são obrigados a serem gananciosos, mesquinhos e infelizes em uma busca sem sentido e egoísta. Quem quiser que busque suas formas de felicidade, seja ela efêmera ou podre. De efêmera já basta a alegria ao alcançar um objetivo, que nem sempre é tão fácil de ser alcançado. Deve ser por isso que domingo, enquanto marinava no tédio da velocidade controlada do ônibus, deparei-me com a melhor definição de felicidade que jamais encontrei por aí. O para-choque de um carro exibia a máxima:   Felicidade é como fedor de boca, vem de dentro  E é verdade! Pode até parecer vulgar, porém reflete a simplicidade do estado de felicidade que tanto buscamos. O dinheiro só t...

Com a perna na BR-101

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  Há uma preguiça incalculável em escrever e descrever certas cenas, principalmente quando estas se tornam tão comuns quanto caminhar nos corredores de uma Universidade. As seguintes imagens refletem um texto de mais de mil palavras sobre como é interessante e tedioso viajar para o mesmo lugar, repetidas vezes. Todas as imagens são do trecho da BR-101 que liga Arapiraca-AL a Aracaju - SE.    Foto: Céu de Arapiraca. Rodoviária. Rafael Rodrigo Marajá.     Foto: BR-101. Rafael Rodrigo Marajá.  Foto: BR-101. Rafael Rodrigo Marajá.  Foto: BR-101. Rafael Rodrigo Marajá.  Foto: BR-101. Rafael Rodrigo Marajá.  Foto: BR-101. Rafael Rodrigo Marajá.  Foto: BR-101. Duplicação sobre a Ponte do Rio São Francisco. Rafael Rodrigo Marajá.  Foto: BR-101. Duplicação sobre a Ponte do Rio São Francisco. Rafael Rodrigo Marajá.  Foto: BR-101. Duplicação sobre a Ponte do Rio São Francisco. Rafael Rodrigo Marajá.  ...

Noticias impopulares

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Foto: João Cosntantino.  Não é de se espantar as manchetes de links espalhados por aí de jornais, ou blogs. Todo mundo quer cliques, ou fama, o que, às vezes, dá quase na mesma coisa.  Para conseguir cliques poderia, como um portal de notícias de Alagoas, estampar a tentativa de homicídio e o expresso abandono de incapaz cometido por uma jovem de dezesseis anos ao tentar se livrar de uma criança, logo após o parto, enterrando-a. (E como é interessante os brados comentários ao afirmar que 'a mãe' não presta ou que ela é uma 'vadia'; de fato, ela poderia ter escolhido outra maneira de se livrar da criança, mas quem irá culpá-la? Afinal, nem todos tem a sorte de receber educação e orientação na juventude). Ou poderia ficar escandalizado com a notícia de que a depressiva Virgínia Woolf se jogou dentro de um rio com os bolsos cheios de pedras (e ninguém pode culpá-la por isso; ela viu duas grandes guerras e escreveu obras imortais e se considerarmos que os escritores...

Lábios

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Passei um tempo andando no escuro e a saída era o começo de tudo. As cores eram tingidas com os corpos, as esperas e as fomes de almas duvidosas. Passeei entre as temporadas das flores e a das chuvas.  Encontrei casos antigos; casos que nem chegaram a se realizar e futuros ex-casos. Estranho a saudade do que se guarda no futuro e nas expectativas. Ainda mais estranho  é notar as linhas que passam com a pretensão de ser o centro das atenções e outras de não chamar a atenção.  E se todo verão é emocional, como disse o poeta sobre os beijos desses verões, não teria a surpresa de cada estado vermelho, pulsante, excitante. E quantos beijos deixamos de dar por pensarmos que beijos são contratos longuíssimos para casamentos infelizes.  Os doces lábios da Bruna Ah, teria que dizer que não há mal nenhum em um beijo aqui, uma admiração de vermelhos acolá, de suores de desejos logo mais adiante. A vida que hipertensa enquanto pensamos em certos, errados, lados e c...

Nada de Passe Livre, Alagoanos Insolentes!

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As ações do Governo de Alagoas são de fazer rir até ao mais mal-humorado. Rir para não lamentar. A última do Governo de Renan Calheiros Filho foi justificar o veto ao passe livre como 'não atende às necessidades dos alunos-usuários'. Mas o problema é resolvido com o Governo Estadual repassando R$ 2,00 para que os municípios forneçam o transporte. Isso sim é pensar em  prol dos empresários acima do bem do povo. Como o passe livre não se justifica? Como outros Estados implantam o passe livre e os estudantes conseguem a locomoção sem problemas? Como propiciar o livre translado a estudantes é 'danoso'? É evidente que Renan Filho não deseja que os universitários, e demais estudantes alagoanos, não tenham esse benefício para que os reajustes no transporte coletivo continue enriquecendo os bolsos de uns dois ou três - sem melhorar o serviço oferecido. Fica claro com o veto que o repasse de R$ 2,00 às prefeituras que municipalizarem o transporte dos estudantes  abre...

Prorrogadas as inscrições para o Prêmio Off Flip de Literatura

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A literatura é um poço sem fundo de mundos incríveis, fantásticos! E descobrir mundos assim, às vezes é mais fácil do que se pensa! O Selo Off Flip, promotor do Prêmio Off Flip de Literatura, é um descobridor de mundos assim - só é dar uma olhada no catálogo publicado pelo Selo. E para melhorar ainda mais, as inscrições para o Prêmio Off Flip foram PRORROGADAS! Até 10 de abril candidatos de todos os estados do Brasil (mesmo os brasileiros residentes no exterior) e dos países de língua portuguesa podem inscrever trabalhos no concurso que terá distribuído entre os vencedores R$ 26.000,00 e mais a estadia em Paraty durante a FLIP, participação em mesa de debate na Off Flip das Letras, passeio de escuna e cota de livros. Os selecionados nas categorias conto e poesia ainda serão publicados em uma coletânea  e os autores da categoria infantojuvenil terão contrato firmado com o Selo Off Flip. A premiação ocorrerá durante um sarau no SESC Paraty. Para ter acesso aos ...

Um Porto Seguro

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Um clichê literário com pouca criatividade e muita falta de emoções. Um Porto Seguro pretende ser um livro emotivo, ligado ao sentimento de bondade, superação e amor. Pretende. Na prática ele exibe situações forçadas em que a mulher é retratada como um ser emocionalmente fraco, sem força opinativa e cuja vida é refletida pelo 'coitadismo' de gênero. Não pode ser descrito como um livro romântico, dada a fraqueza da mulher e a força incontestável do homem; nem pode ser dito emocionante já que os trechos de ação e aventura são fracos. Em suma, Um Porto Seguro é tedioso, chato e previsível. Com um toque nada sutil de alienação.

Piquenique Literário

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A Galera do Piquenique Literário O bucolismo do interior permite muito: ver a lua e o planeta, que vira estrela na boca de quem quiser; almoço com a quentura do verão e o cheiro da rua frequentada por animais de grande porte; olhares diferentes sobre a vida e muita criatividade para todos aqueles que inovam, sabendo disso ou não. E mais: aulas ao ar livre, experimentos de física com foguetes, ociosidade e prosa - nem sempre escrita. Podendo inovar e com a filosofia do incentivo à leitura, à aprendizagem e do 'fazer sempre algo novo', realizou-se, e ainda tem mais na próxima quinta, a edição 2015 do Piquenique Literário, organizado pela professora Edneide Ferreira Leite, com o apoio do IFAL - Palmeira dos Índios e do Clube de Leitura Passarinhar, do Selo Off flip e do escritor Fernando Aguzzoli. Quem disse que piquenique não tem graça? A Balada Poética, um show recomendadíssimo, do poeta, escritor e declamador Luciano José fez a alegria dos participantes ao recitar...

Rosa morta

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Ponta Verde, Maceió - AL Apenas uma rosa foi morta. Cruzamos as pernas e entrecruzamos os passos, os braços, os laços criados.  Implantamos as bases para a espionagem; para uma nova guerra e muitas invenções. Deixamos guardados os lenços. Mas não houve papel de embrulho nos presentes trocados - e quanta falta fizeram! A chuva criou poças de lama. A cama, coitada, nunca foi usada. E ficamos, com cumplicidade e medo, desnorteando-nos à porta da rua. Olho de peixe, cacos de vidro, perfumes enjoativos, espinha de gato, arranhões e agressões Quem disse que só uma rosa saiu morta?

Epopeia alagoana

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O percurso Palmeira dos Índios - Maceió, que dura umas duas horas, não é tão traumático quanto o Palmeira dos Índios - Arapiraca, que demora uma hora e vinte minutos em um percurso que deveria ser de, no máximo, quarenta minutos. Porém, os dois estão  em pé de igualdade quando se refere ao gosto musical. As músicas imputadas aos usuários passam do legal e aceitável, como o caso excepcional de Kid Abelha, ao vulgar e incômodo que permeiam a maioria das bandas musicais do momento. E viajar até a capital alagoana requer um autocontrole imenso, para quem gosta de algo além do 'arrocha atual', sertanejo e da 'sofrência', Requer abstração e fuga para Nárnia, onde só Aslam salva. Imitando os milhares de alagoanos que precisam ir até a capital e cujo único meio, se se falar de Palmeira dos Índios, rápido é o transporte alternativo intermunicipal, fui não tão inocentemente usufruir do serviço oferecido na rodoviária palmeirense.  O embarque e a saída foram rápidos. O sof...

Palmeira Te Quero Bem

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Rua Pedro S. da Mota Ficar sentado esperando que o poder público faça seus deveres é o costume generalizado, que resulta na ineficiência dos serviços públicos prestados, na corrupção e no ciclo vicioso voto-venda-depreciação da máquina pública. Ou seja, sem desenvolver um papel ativo e colaborativo o cidadão é um peso morto nos processos democráticos que pretendem, a princípio, criar uma igualdade de direitos e deveres em os participantes dessa democracia. E, parece, que essa visão tem criado as bases para um movimento apartidário que pretende criar hábitos saudáveis e coletivos, incentivar a cultura e o progresso de Palmeira dos Índios sem que necessite exclusivamente dos governos para tais ações. É evidente que um movimento cuja pretensão é o bem de um município precisa de apoio incondicional, não apenas financeiro, de todos, mesmo que não tenha ligações públicas. Palmeira Te Quero Bem, como foi nomeado o movimento, vai precisar de ideias e ações que atinjam as diferentes c...

O que fica

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Imagem: Onde eu estaria feliz.  Di Cavalcanti - RJ, 1965 Nossa existência é uma verdadeira rodoviária. Há dias em que encontramos dezenas de pessoas, outros em que ninguém aparece. Há dias em que só topamos com boas almas e há aqueles em que só más pessoas dão o ar da graça. E todas, sempre, acabam indo embora, uma hora ou outra. Devíamos estar acostumados com essas partidas, nem sempre tão súbitas. Mas nunca estamos. E se pensássemos um pouco com calma nem deveríamos nos abalar com tais partidas.  Eles deixam um pedaço com a gente. Quando alguém nos deixa sob uma torrente de xingamentos e agressões físicas, marcas ficam gravadas na pele e na memória. Quando nos deixa través da mensagem de um e-mail, explicando, em muitas linhas, o inexplicável, ficamos com o receio de abrir novas mensagens até que a obrigação nos force à normalidade e tenhamos que ser leitores de e-mails com o medo do que está escrito lá, ainda que seja boa notícia. Quando nos deixa sem avis...

7º Céu

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James Patterson é um escritor que realmente surpreende e é inquestionável sua criatividade. Na aclamada série O Clube das Mulheres contra o Crime Patterson redefine o papel da mulher nos mecanismos sociais da Justiça, Segurança e Informação, colocando-a em igualdade com os homens, quando se refere a atuação profissional e a desejos pessoais.  7º Céu, o sétimo volume d'O Clube das Mulheres Contra o Crime, segue o padrão proposto mas não é tão bom quanto poderia ser. Se comparar com 4 de Julho ou O 5 Cavaleiro, 7º Céu ficou aquém do esperado. Embora não deixe de ser eletrizante e cheio de desafiados, esse volume caracteriza muito bem o desgaste sofrido por uma série que exige muito do autor, dos autores nesse caso. E nessa altura Boxer pode começar a ter um caso e seu romance com Joe já começou a fraquejar. Yuki está mais propensa a um romance e mais um bebê chegou ao Clube. Clique aqui e leia  Um quarto no escuro . Clique aqui e leia  Áspide .

Olhar de fotografia

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A beleza pode até estar nos olhos de quem vê. O que não quer dizer que não está nas tintas sobre as paredes, nas tonalidade do fim de tarde ou na feiura - pois se existe o feio em algum lugar significa que existe, conjuntamente, o belo. O problema, como sempre, está na mediocridade das pessoas que mesmo portando os itens essenciais para o registro do feio e do belo, do corriqueiro e do extraordinário, sequer possuem a sensibilidade de um olhar significativo. Qualquer idiota com um Smartphone é capaz de tirar uma fotografia e os recursos adicionais de aplicativos e redes sociais destinadas à exposição fotográfica permitem a filtragem sem limites. Porém, não é qualquer um que pode, sem uso de filtros e em posse penas de uma câmera/smartphone consegue tirar uma boa fotografia, usando apenas as cores naturais e os elementos dispostos no ambiente, sempre considerando a limitação do aparelho. Para uma boa foto é preciso luz, modelo, espaço, olhar diferenciado e sensibilidade. É preci...

Energia brasileira

A matriz energética brasileira continua sendo, essencialmente, hidroenergética. O que antes era vantagem tornou-se uma moeda cuja coroa não é tão benéfica quanto se pensava. A ignorância levou-nos a supor que os rios brasileiros supririam a necessidade de produção de energia do país. E teria sido verdade esse pensamento se o Brasil não tivesse crescido, no consumo industrial e residencial. A indústria, responsável pela fabricação de bens duráveis e de consumo imediato, e as residências, o consumidor implacável de eletricidade, fizeram com que o Governo Federal, nos mais diversos mandatos de Presidentes, construísse usinas hidroelétricas, termoelétricas e eólicas. Pesquisadores de Institutos e Universidades federais investiram nas usinas baratas e de baixo impacto da biomassa. E nada adiantou. No início dos anos 2000 o Brasil passou por um apagão energético.   O racionamento e a reformulação do pensamento doméstico, aliado a um conjunto de medidas de emergência, fizeram com...

Economia

A economia nacional precisa de reajustes constantes de modo que a balança comercial não seja desfavorável, sempre na medida do possível, e a inflação não corroa o poder de compra dos cidadãos.   A economia é um corpo vivo que precisa de adestramento para não causar a destruição em massa. O Governo de Dilma Rousseff tem enfrentado a crise internacional desde que Lula deixou o Palácio do Planalto. E tem tido bons resultados. Desde 2008 o mundo passou por macabros índices de desemprego, desespero e inflação. Empresas multinacionais quebraram, ou chegaram bem próximo disso; países como a Grécia e a Itália tiveram mortes e manifestações violentas como reação às medidas de combate à crise nesses países; a zona do euro entrou em uma fase muito problemática. E o Brasil se manteve firme diante dos tsunamis provocados pela bolha imobiliária norte-americana. As medidas que o Governo Lula tomou, seguidas das tomadas no primeiro mandato do Governo de Rousseff,   foram   a cha...

O livro perdido das Bruxas de Salem

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Uma leitura que tem um início não tão bom, meio chato. E que passa a ser envolvente e extremamente interessante não apenas pelas características históricas como também pela construção narrativa singular. O livro perdido das Bruxas de Salem , na tradução para o Brasil, conta a saga de Deliverance Dane e toda a sua descendência até a narradora, Connie.  Um livro que retrata a mulher em diferentes séculos e sob variados ângulos levando o leitor a pensar sobre como a ciência e a tecnologia foram prejudicadas pela pequenez do pensamento comum em legar ao satanismo tudo aquilo que o homem um dia não compreendeu. Katherine Howe, descendente de uma Bruxa de Salém, escreveu não apenas um trecho real-ficcional de um dado lugar - imortalizou em uma linguagem simples o que foi comum em todo o mundo, com diferentes graus de intensidade. Um livro emocionante, ímpar, divertido, tocante.

Djavan - para cantar e contar

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Djavan - para cantar e contar reúne contos de alunos de diferentes escolas, baseados nas composições do artista alagoano, também homenageado na V FLIMAR. A publicação, no entanto, revela mais que a simples criatividade discente sobre o amor e as composições do Djavan. Em suas páginas o leitor pode perceber os estereótipos existentes e cultivados no ambiente escolar, municipal, federal e particular; pode notar as impressões dos contistas sobre a realidade latente; as deficiências e os avanços no ensino da língua portuguesa e o quanto é preciso valorizar a cultura local. Organizado por Carlito Lima, Djavan - para cantar e contar retrata o ambiente casa-escola, composição-artista, aluno-sociedade e deixa claro o impacto da música como forma de expressão para os indivíduos em formação acadêmica. Um livro para análise de professores de artes e língua portuguesa, psicólogos, artistas e para a valorização do discente.