A disparidade em Palmeira dos Índios

Fonte: Diário Oficial do Município de Palmeira dos Índios.

O prefeito de Palmeira dos Índios, no uso de suas atribuições, publicou o primeiro edital do processo seletivo para preenchimento de vagas de cargos efetivos, EDITAL Nº 01/2019, PUBLICADO EM 30 DE AGOSTO DE 2019, demonstrando que o município necessita de 300 servidores. Até aí, tudo dentro da normalidade, se não se considerar que o referido instrumento possui uma estranha distribuição de vagas entre os níveis fundamental, médio e superior - a impressão que da é que Júlio Cezar quis agradar o populacho disponibilizando várias vagas para o nível fundamental; e agradar a classe média, dita elite local, com várias vagas bem remuneradas e específicas na área da saúde. Para os portadores de conhecimento mediano, quase nada sobrou.
Mas sobre isso, tudo conforme as artimanhas políticas para o próximo pleito municipal.
O estranho mesmo são os números de exonerações que Júlio Cezar provocou e que denotam que o município necessita de muito mais que 300 servidores efetivos.  Não é estranho que essa gestão, à semelhança das anteriores, mantenha um número tão alto de servidores contratados e comissionados? Não é estranho que aceitemos que uma gestão pública mantenha um número constante e rotativo de servidores quando poderia fazer um concurso com cadastro reserva e minimizar, uma vez que extinguir é um delírio, essa quantidade abusiva de "indicados"?
Segundo o Cada Minuto e o Tribuna do Sertão, Júlio Cezar exonerou, corretamente, 600 ocupantes de cargos comissionados/Função de confiança, além de 700 contratados, ou esse era o plano inicial. Ou seja, 1.300 vagas que poderiam ser previstas em um concurso público, mas que não são nem mencionadas no certame publicado. Os ocupantes desses cargos não são menos bem intencionados que a gestão, visto que o mau de Palmeira dos Índios é que todo mundo quer "se dar bem". Se o próprio povo fosse realmente tão comprometido com a coisa publica municipal exigiria que essas vagas fossem regidas por edital. Porém, como nem todos pesam as vantagens da estabilidade do concurso em contraponto ao favoritismo...aberrações administrativas são perpetuadas.
Agora 1.300 desmamados falam mal de Júlio Cezar, que cortou, por enquanto, a mamata. 300 poderão pensar em assalariar-se sem depender do favor, seja qual prefeito for. 
A única falta relevante que existe são as explicações em relação à disparidade entre o que o município precisa e o que ele tem que sustentar à toa.  

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