"Algo se quebrou"

Quadro: The Fortune-Teller. Georges de La Tour. 1630 (data provável).

“Algo se quebrou” é uma expressão muito usada e que traduz a fraqueza de caráter do usuário. Empregada frequentemente quando o comodismo e as ações reprováveis são ameaçados com a luz da verdade e da ética, “algo se quebrou” é praticamente um hino da desordem moral, ética e de caráter que uma pessoa sofre. Marca um estado doentio em que a permissividade domina os vários aspectos da vida pessoa e pública.
Já ouvi essa expressão quando tentaram esconder as fraudes cometidas no serviço publico; quando a fofoca tornou-se o pilar do cotidiano; quando outras pessoas não aceitaram ser subjugadas pela miserabilidade moral de pessoas e instituições; quando serviçais denunciaram mal feitos dos patrões. Por trás dessas e de tantas outras situações os usuários de “algo se quebrou” esconderam-se do dever de buscar o correto e repudiar o erro, vitimando agressores e demonizando as vítimas.
Para essas pessoas, por exemplo, a culpada do estupro é sempre a vítima; as culpadas dos abusos sexuais em crianças são estas e não os abusadores e os corruptos são sempre inocentes perseguidos.

Portanto, tome cuidado com que o chama para uma conversa sincera e em algum ponto do drama solta um “algo se quebrou”. São pessoas que mancham a reputação até mesmo daquele anjo decaído.

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