Postagens

Mostrando postagens de junho, 2012

Mentalmorfose

Imagem
Correção: o Nome do autor é Elton, e não Edson No ano em que as previsões eram as mais pessimistas: o mundo que, dizem, vai acabar – e já acabou mesmo para alguns assassinados-, que o planeta vai ser degelado e os alimentos vão ser escassos para a nobre família humana, que a economia vai de mal a pior e que os protestos chegam a destituir ditadores e presidentes, outros são depostos sem mesmo reinvindicações. Em um panorama desses, a arte faz a festa centenária e de inovadoras obras. No 2012 corrente, Eu, de Augusto dos Anjos, o célebre Jorge Amado, o Rei do Baião, Gonzagão,  entre outros personagens e obras, completam cem anos. Com uma obra sempre atualizada e prestigiada por todas as gerações que se seguem. E em um contexto tão dual, tão rico de experiências e eventos, não é de estranhar que outras tantas obras surjam sobre a terra para divertir e abraçar os pensamentos voadores de toda a humanidade, começando a fazer da história e da vida um campo alegre e exp...

Um dia sem sol

Imagem
O dia nasceu com nuvens pesadas sobre a índia nua da Moreno Brandão, em Palmeira dos Índios. Essas nuvens, junto com certo frio suave que convida a todos para o aconchego da cama quentinha ou de uns braços queridos! Na antevéspera de São Pedro, o sol não surgiu entre as serras e a Índia, de bronze, fria e voluptuosa, clama por admiradores neste dia tão incomum na terra de todos os amantes. E quantas são as mãos que exigem carícias no corpo nu de uma mulata nativa? Enquanto o friozinho invade os pulmões e a preguiça toma-nos de assalto no trajeto entre o sofá e a alcova, o pensamento viaja até outro lugar, em outra época, em outras situações e retorna para o presente onde os fantasmas alegres do inverno acalentam as inúmeras lembranças. E as rosas? Praça Moreno Brandão  Estas delicadas senhoritas que habitam as estrelas e as intimidades pessoais e particulares são os criaturas mais belas do inverno e que requerem um maravilhoso cuidado, um alegre gastar de tempo e tal...

São João

Imagem
A festa de São João é realmente surpreendente! (...)Não é coisa de momento, raiva passageira Mania que dá e passa, feito brincadeira O amor deixa marcas Que não dá pra apagar(...)                                                  Fagner Sexo oral ao vivo em show, no Piauí! Se em uma praça, têm-se os presentes que o destino traz, em um galope apressado. Presentes que podem ser pessoas, fatos, abraços, beijos, mágoas contidas, sorrisos forçados e uma casca que se diverte como ninguém. E pode a praça não ser tão independente, nem tão boa como em outros tantos lugares. No entanto, é o lugar onde se deve estar uma vez que o que se quer de verdade só pode ser dito e sentido com profundidade através de uma boa toada! Nesses shows abertos ao público geral acontece de tudo: de cachaça mal tomada à sexo oral no palco. Bom, as duas coisas são boas e passíveis d...

Minha Casa, Minha Corrupção

Imagem
A casa própria é o sonho, ainda, de uma centena de brasileiros, independente da região geográfica. E para que o Brasil se torne um país sem miseráveis e sem os problemas decorrentes de toda a pobreza, o governo da Presidenta Dilma Roussef tem trabalhado para assegurar uma moradia digna a todos e, principalmente, para as futuras gerações. No entanto, o egoísmo e a mesquinhez do “jeito brasileiro” nunca para de onerar uma conta que é sempre cara para a coisa pública. O programa Minha Casa Minha Vida tornou-se mais um meio de corrupção, apesar do controle existente. E os corruptos?  A nobre população que insiste em difamar os congressistas e fazer os mesmo tipos de maracutaias. Na chamada Princesa do Sertão, em Alagoas, os candidatos às casas do Programa não são exatamente pessoas que necessitam. Muitas delas possuem casas na capital alagoana, na própria Palmeira dos Índios e em cidades vizinhas. Possuidores de bens que valem o preço das casas a construir e que levam uma vi...

Pobre usurpado

Imagem
Foto: da internet. O pobre não tem mais lugar no mundo, embora nunca tivesse. Entretanto, tomou dos miseráveis sua identidade, a pouca que lhes restava nas longas caminhadas por este mundo estranho e desencontrado. Retirou dos pobres a única coisa que restou depois das habituais humilhações e das inúmeras perdas que marcam a trajetória de pobres e miseráveis. Primeiro, trocaram os adjetivos válidos por eufemismos. Pobreza passou a ser humildade. Comunidades paupérrimas passaram a ser chamadas de Comunidades Carentes. Depois, começaram a furtar, à mão armada e à luz do dia, seus costumes, aliás, seus raros meios de vida. As Havaianas, usadas por uma massa de miseráveis, principalmente dos pobres nordestinos. Tornaram-se, as Havaianas, coisas de luxo para as classes emergentes e para os ricos e famosos. Os miseráveis, coitados, não podem mais comprar as Havaianas, que “todo mundo usa”. O Xadrez, típico do nordeste e das festas juninas, também foi usurpado. Tornou-se item chi...

O inverno chegou, cuide das rosas

Imagem
“Se tu amas uma flor que se acha numa estrela, é doce de noite olhar o céu. Todas as estrelas estão floridas”.                                                                                                            O Pequeno Príncipe A noite, como uma bruma, cairá em uma não tão inesperada tempestade: de frio, de escuridão, de sonhos. Nos trópicos, o inverno chegou com toda a grandeza de um senhor governador que faz das terras quentes do Brasil um paraíso oscilante entre a frieza dos ventos invernais e a qu...

Um desgosto? uma saída no açude

Imagem
Praça do Açude - Atual Na terra de todos os indígenas o amor que renomeia as praças e os segredos fazem dos palmeiríndios são piores que o elétron:  onda e matéria, depende da situação. De repente, não mais que de repente, alguém se joga dentro do açude, lamacento, putrefato, histórico. No centro da cidade do amor (?) muitos jogaram suas vidas nas águas paradas do açude que banha as ruas do centro da cidade, nas raras chuvas fortes que acontecem. Para se jogar dentro da boca de lobo municipal é preciso coragem. Ninguém merece morrer em meio à lama, no entanto, se a cachaça não for o suficiente, se a uma desilusão amorosa não for suficiente, se a falta de dinheiro for pequena e não for suficiente, se tudo parece terrível, pense em se jogar dentro do açude palmeirense. De repente, poderá não encontrar doze virgens na pós-mortalidade. Poderá, entretanto, encontrar-se sujo de lama e de arrependimento por ter entrado em uma sepultura tão decadente. Apesar de todas as “qual...

O céu e o Inferno ao gosto da Religião

Imagem
Nem tudo é o que parece, ou o que se quer Morrem por uma religião. Matam por uma idolatria e buscam o reino estranho de um céu mais bizarro ainda. E para quê os extremismos se a simplicidade dos fatos corrói cada parte de um todo bem maior, mais complexo, inevitável, e que está acima de qualquer egoísmo humano. Nossa pequenez acumula-se ao longo de um turbilhão de dizeres repetidos, de rituais e tradições. Esse é, talvez, o hábito mais perigoso da humanidade: buscar um Deus que vive acima das cabeças, sempre inalcançável. E o que pode ser Deus? Pergunta pertinente para quem não sabe quem é ou para onde vai. A questão não é o que, mas quem e como. O ser que transformaram em mito, ora cruel, ora sanguinário, ora injusto, ora onipotente, é apenas a simplicidade dos fatos. Indefinível, é verdade, entretanto, também não é complicado nem distorcido. A religião por si só distorce, perverte, engana, humilha, recrimina. E qualquer coisa pode ser uma religião: um amor incomensu...

Greve Geral

Imagem
Deflagrou-se a segunda greve nas Universidades Federais e dessa vez os Institutos Federais também aderiram. As reivindicações são sempre as mesmas, pode até mudar um tópico ou outro, mudar a nomenclatura de um termo qualquer. Mas tudo é igual, sempre. Nas Universidades Federais a greve dos docentes começou em maio e ainda faz escorrer o tempo dos alunos pelo ralo. E qual o interesse dos discentes em uma greve alheia? Evidentemente, nenhuma. Aliás, quando tudo vai dar errado ou quando os grevistas conseguem uma vitória meio fracassada, como tem ocorrido nas últimas greves de setores diferentes, são os alunos que acaba pagando a conta de um governo inflexível ou de uma classe que se diz injustiçada. Injustiças e justiça são elementos que a docência parece nunca entender o significado. Os que servem ao Governo Federal sempre reclamam de uma mesquinhez ou outra, quase nunca a reivindicação é plausível. Reclamam de melhores condições de trabalho, valorização, planos de carreira e...

O que os namorados não enxergam

Uns acordes. Vozes que cantarolam uma melodia duvidosa. Auês de olhares excitados e bravos. E a tal bravura conhecida por suas obras e não pela fumaça que provoca nas incontáveis fogueiras acesas, no início da noite ou no fim do dia? Bravos e bravura que não se explicam, pois ninguém quis ouvir as brasas quebrando no sereno mitológico do Antônio, o santo que carrega uma criança. A prole dos desencontros e dos presentes exposta nos braços de uma santidade. Não para o barulho e o passear dos olhos, que procuram sempre algo mais que compassos e sinceridade, declarações e dedicação, amassos e confissões. No clamor por um sincretismo ridículo e paranoico, as horas passam fingindo um medo de caminhos desconhecidos. Nada acontece. Nada muda. A criança chora no leito silencioso quando o dia, vibrante, novo, chamativo, surge por entre frestas e raios. Fora, do coma doentio do silêncio, da não resposta, do caos íntimo de um espetáculo muito bem armado, as represas oculares rebentam em pe...

Milhões de Sóis

Imagem
Para cada escalada que as pessoas interessantes fazem, inovadoras formas de ver um almoço surgem um um turbilhão de espasmos de felicidade!  Somos uma espécie de um potencial realmente surpreendente! Capazes de se reinventar e reerguer o mundo, mesmo sem uma alavanca, de um modo melhor, leve e despojado; que se propõe a fazer um novo rumo e faz. Nas viagens pelo interior, pessoal e do mundo, surgem as dúvidas e as certezas incertas de quando as setas apontam para todo lugar e pra lugar nenhum. Nas rodagens aparecem a seca e as verduras dos fatos congestionados que nem sempre se esquece. Para uma espécie que aparece no amor e no ódio, que expele a alma do papel e dos seres inanimados para experimentar novas sensações, estou acreditando que estamos à mercê de um ou outro canal de extremismos.  As pessoas interessantes parecem não saber fazer nada nem para onde ir. Mas são essas que move o mundo e o faz girar no sentido horário para tomar um simples café em um restaurante...

Nem côncavo nem reconvexo

Imagem
Templo SUD - Salt Lake City O que se deixa levar não é levado para nenhum lugar. O que se move para outro lugar, mesmo contra a vontade e nos desconhecimento de forças alheias à vontade. Nos quereres eternos do destino, estamos seguindo a canção dos desavisados. Errando nas doses, pecando nos casos, exagerando nos abismos. Se todo caminho é tortuoso, então escolhamos o que melhor se encaixa, guardando as fagulhas de uma fogueira bem acesa, quente, visível. E na tentativa de guardar o fogo em uma garrafa, as queimaduras surgem na pele, branca, preta, amarela, lacrimejando nos vestígios dos passos. Toda mudança deve ser feita, mesmo que nada, aparentemente, tenha significativamente mudado. E se alguma vale à pena então não deve ser para sempre, mas para a eternidade. E no longo caminho do acerto comete-se os erros promíscuos, pedaços caem de um lado e do outro são as peças de um pinga-fogo que montamos para alegrar o humor mais negro. Nas mudanças das estações, o envelhecimen...

Festança Junina, oxi!

Imagem
A festança nos trópicos brasileiros começou e será um mês de comidas típicas, uma  milharada, danças regionais, forró - a mais evidente, e muita diversão para todo tipo de gosto. O nordeste é o berço dessa festa toda e da mais clara e contagiante manifestação popular do Brasil. Se o poder emana do povo, as festas juninas é a bandeira de todo esse poder e do que a aglomeração popular é capaz de fazer. Da Bahia ao Maranhão, o povo irá cair no forró, mesmo que o decadente forró eletrônico, em uma contagiante chama que sempre foi capaz de fazer parar qualquer atividade nas terras de grandes personalidades- o nordeste. Cada estado com suas riquezas e suas tradições, esbanjando cultura e conhecimento, lendas e artesanatos, sorrisos e muita história para uma reveleção inesperada nas noites em que os três Santos são festejados. Embora as datas sejam fixas e poucas, nada impede que todo o mês de Junho seja uma continuação interminável de comemoração. Infelizmente, as festas junina...

Rumo novo da Telenovela

Imagem
Novelas Globo e Record Os telenoveleiros de plantão e os não assumidos viciados por telenovelas precisam, urgentemente mudar de canal e procurar alternativas televisionadas. Na não tão longa história da teledramaturgia brasileira acostumamos a ligar o aparelho de TV e absorver o lixo e o luxo de uma ou outra emissora sem questionamentos e sem pontos críticos capazes de tornar a hora da preguiça um agradável momento de descontração. Entre o talento e os pseudo-artistas, os telespectadores passaram décadas esperando uma dezena de propagandas comerciais tediosas passarem, outros tantos programas insuportáveis, e por vezes idiotas, acabarem para ter um momento da tão querida atração. O talento, como qualquer coisa sólida, foi corroído pela traças do comodismo e os tais dos artistas emergiram do povo, trazendo talento e desgraça.  No ínterim dos longos comerciais, grandes diretores foram colocados à parte por grandes emissoras, programas excelentes foram diminuídos e o público...