Greve Baiana

No último Sábado, 11 de fevereiro, terminou a greve dos Policiais Militares da Bahia e o saldo é vergonhoso! Além de não conseguiram o que queriam também não foram capazes de sair da situação estabelecida por eles próprios com dignidade. Pode-se  dizer que foi um movimento bem característico de nosso passado ainda recente em que era preciso assaltar bancos e lançar mão de artifícios um tanto violentos na busca por objetivos universais. A diferença entre a esquerda no período das ditaduras está justamente na forma e nos princípios adotados para a realização de qualquer tipo de manifestação.
Os Militares baianos feriram a democracia e o povo, em todos os tipos de manifestação, desafiando a Coisa Pública e colocando em evidencia a fragilidade da segurança pública nacional. É possível que eles tivessem conseguido o que queriam se não tivessem utilizado mulher e filhos como escudo humano, se não tivessem promovido ações terroristas contra a população baiana e incentivado o crime e à desordem.
Durante todo o período de greve esteve em jogo mais que um aumento, não conseguido significativamente, mas a honra do servidor público, a capacidade de negociação do Estado, Baiano e Nacional, o fator econômico e o social. E não podemos admitir atos dessa magnitude em que a autoridade estatal é confrontada por meio de violência e do ferimento à Constituição Federal. Torna-se necessário que a Comandante-em-Chefe das Forças Armadas, a Presidente Dilma Rousseff, o Congresso Nacional e os Governadores tomem atitudes acauteladores para que episódios como esse não voltem a acontecer. 
Enquanto cidadãos, é preciso que tomemos parte nesses casos, manifestando o descontentamento através do descrédito das instituições que apoiarem esse tipo de abuso.
Foram 12 dias de manifesta ação degradante e 157 mortos nas ruas de Salvador e nenhum resultado prático, ou seja, foi uma greve de crianças descontentes que brincaram com a vida da população.
Evidentemente que os salários pagos pelo governo não é o essencial para o desempenho de tão perigosa tarefa, no entanto, isso não justifica nenhum ato ilegal, imoral e desordeiro. 

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