Cuidado com o invisível

Entro sem pedir licença e pouco importa o quanto você está bem, meu bem!

Se existo é porque não precisa ter respostas para nada, inclusive sobre mim, e porque estou na essência de cada ser vivente. De tudo que poderia dizer não entenderia: sou incompreensivo demais para sua insignificância.

Aliás, o grupo inteiro do qual faço parte é de difícil demais para seres que pensam com o baixo ventre e pouco raciocinam. Pertencemos ao elementos que criaram esta noção de mundo e de vida.

Não me chame!

Não olhe para trás!

Todas as vezes que o arrependimento faz com que olhe para o que deixou para trás ou quando relembra fatos e sentimentos invocas-me, chamas-me para o centro do teu ser de forma tão intensa que chega a ser insuportável estar dentro de um amontoado de horrores!

Sim, você é um amontoado  de horrores: ódio em lugar de amor próprio! Esse é o pior deles.

Estou presente quando cai e quando te jogam ao chão; quando tiram sua sanidade e quando roubam seus mais preciosos bens. E não há nada que posso fazer: eu sou superior a sua reles imagem!

Não preciso correr para te alcançar nesse submundo indispensável em que vive.

Correr apenas leva ao cansaço e, particularmente, não estou nem um pouco interessado em cansar-me!

Licença pedem os pobres de espírito!

Sei o que sou e a que vim. Então, cuidado, não brinco em serviço!

Não olhe para trás!

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