Pronunciamento da Vitória
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Fonte: na imagem. |
Leais e amados súditos,
Ao longo de muitos dias, em duas
estações, sofremos com a pérfida manipulação das massas, em nítida distorção da
verdade e da moral. Sofremos injúrias e fomos expostos às mais terríveis
mentiras. Porém, permanecemos firmes em nossa rota e nada e nem ninguém nos
abalou, pois a simplicidade da verdade não precisa de sustentação à parte. A
verdade sustenta-se por si só.
Amados súditos, nas horas mais
terríveis e durante os ataques à nossa fortaleza, jamais tive dúvidas da
invulnerabilidade do nosso forte. E resistimos. Nosso domínio está salvo!
Resistimos e resistiremos sempre,
pois ainda que turbas enfurecidas, açuladas pela vaidade e por sentimentos baixos
e vulgares, atentem contra nossa integridade física e intelectual, resistiremos
vestidos com a simplicidade da verdade e da justiça.
Nesse momento em que o Império
sofre um dos mais duros golpes na liberdade de expressão e no exercício da
democracia, quando nossa Imperatriz caiu por meio de vis ardis, nosso reino
continua são e salvo – pelo menos até agora. E tudo isso graças a vocês, leais,
amados e fiéis súditos.
E quero destacar que nas
torrentes de mentiras e nas tempestades do fim do inverno todos foram cruciais,
desempenhando, cada um, seu importantíssimo papel. Mas quero destacar também o
apoio e a ajuda direta e indireta de toda a nobreza local. Então quero
agradecer muitíssimo à Condessa
Santanense, que jamais se deixou abalar e representa um importante pilar do
nosso reino; à Viscondessa de Maracaju,
que enviou, sem medidas, suas tropas para proteger-nos durante as noites
escuras; ao Conde de Olinda, que não
se deixou intimidar pelas turbas enfurecidas; ao Vice-Rei do Grão-Pará, que mobilizou os recursos daquele território
para auxiliar-nos quando nosso alimento acabou e nossa água escasseou, nos dias
sem chuva de início de primavera; ao Rei
das Ilhas das Caraíbas que, sozinho, lutou contra a corrente do Pacífico
somente para doar-nos suas embarcações e manter nossos portos seguros e ativos.
Um importante agradecimento real também para o Barão e a Baronesa de Maruim, que jamais nos deixou sem a luz do
conhecimento secular.
A todos que não se intimidaram
com a pérfida e vulgar perseguição e com as hipocrisias e mentiras; a todos os que defenderam seus
princípios e pensaram por si, sem se deixar levar por outrem, como marionetes
em um picadeiro, o nosso real agradecimento.
E todos eles, sem que houvesse
qualquer tipo de contato prévio, socorreu-nos fortalecendo os laços da amizade
e da confiança mútuas, provando que a verdade é uma causa dos nobres, sejam
eles pobres ou ricos, negros ou brancos. Porque a nobreza, quando entendida
corretamente, é sublime.
Amados súditos, sigamos em
frente! A justiça brilha intensamente sobre nós apontando o caminho e devemos
seguir adiante, enfrentando os Smaug’s se preciso for ou contornando as várias
desolações dos tantos Smaug’s que venhamos encontrar.
E lembrem-se,
sempre, de seguirem os conselhos do nosso conselheiro, Maquiavel. Apliquem o
conselho da famosa escritora Emily Brontë, no célebre O Morro dos Ventos
Uivantes, “as pessoas orgulhosas criam
tristezas para si mesmas”, porque,
como disse o nosso Profeta, Vidente e Revelador George Albert Smith “nossa
felicidade eterna será proporcional à maneira com que nos dedicamos a ajudar os
outros“.
É com muita
alegria e satisfação que desejo a todos uma ótima primavera e os sinceros
agradecimentos deste vosso servo e fiel Príncipe.
Cordias e
amáveis saudações de
Sua Alteza,
o Príncipe de
Astúrias sulamericanas.
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