Infinito Solitário

O infinito pode ser descrito matematicamente através de um símbolo e geralmente é pensado em algo, ou um lugar distante, inatingível; tão imenso que o homem não é capaz de almejar alcançar. E, do mesmo modo, o homem tem medo da solidão, do vazio – trazido pelo infinito, às vezes.
Juntos, o Infinito e a Solidão, podem destruir o homem, levantar impérios, globalizar o medo, ver o futuro e tentar esquecer o passado.
Capa da Obra
E é assim que surge Infinito Solitário, obra do escritor André Castro. Um livro capaz de tornar real alguns medos, imaginar algumas desgraças e aprender com o erro fictício, muitas vezes tangível, o caminho pelo qual não se deve percorrer.
Castro mostra ao leitor um panorama onde a localização geográfica não tem tanta importância, nem busca a perfeição do canto da beleza; mas evidencia os deuses modernos que regem a humanidade e o impacto que exercem na vida daqueles que não apenas curvam-se ante seus desejos como também forçam todos os que o seguem a serem fiéis adoradores.
Egoísmo, trapaça, vilania, corrupção, estereótipo, rancor, medo, engano são alguns dos deuses que permeiam Infinito Solitário e que levam o leitor ao seu próprio eu, àquele que nem mesmo na solidão de um quarto escuro é capaz de falar.
Uma obra instigante, cheia de verdades e que nem sempre está disposta a agradar aos que sempre veem o belo mundo cor-de-rosa que não existe lá fora.

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