Crônica de uma vida insuficiente IX
Hoje os pobres enfurnados na ilusão de riqueza, que se autodenomina classe média, com medo de voltar à classificação de pobre, bate panela contra o governo que até ontem apoiava e seguia tal qual uma religião. O medo de ser pobre, de estar pobre, de cheirar a pobre leva a classe média às raias do ridículo.
Os pobres de verdade foram para baixo da linha da pobreza e os que aí estavam foram para a extrema pobreza. Um puxando o outro com o peso da inflação e de um decrescimento a olhos saltados.
Não é por Manaus. Se fosse pelo estado nortista ajuda formal teria sido enviada primeiro ao Amapá e depois ao Amazonas.
Não é pelas consequências do novo coronavírus e suas mutações. Se fosse não fariam tanta resistência em adotar uma economia solidária e procedimentos mais sanitários para o cotidiano.
Não é pelas pessoas. Nunca é.
É pelo bolso que agora projetam frases e fotos contra o portador do berrante. O Messias, visto sob a ótica do desleixo para com o povo brasileiro, cumpre suas promessas de campanha. Promessas que o Nordeste e o Norte nunca apoiaram (salvo parcas o ovelhas desgarradas) desde o depósito do voto na urna. Regiões marginalizadas e vítimas da vingança do Planalto e do esnobismo do sudeste e do sul, agora veem-se sozinhas no mais alto grau de abandono político.
Os pobres continuam morrendo, e não só de tiros certeiros e fome pestilenta. Tudo aceitável, até aí, para essa nossa ignorância xenófoba. O que fazem as panelas gritarem mais alto agora é que os ricos não tem escapatória e os pobres empilhados na verticalidade de uma denominação estatística sentem às costas o pesado braço da realidade.
Agora é tarde.
Os pobres de verdade foram para baixo da linha da pobreza e os que aí estavam foram para a extrema pobreza. Um puxando o outro com o peso da inflação e de um decrescimento a olhos saltados.
Não é por Manaus. Se fosse pelo estado nortista ajuda formal teria sido enviada primeiro ao Amapá e depois ao Amazonas.
Não é pelas consequências do novo coronavírus e suas mutações. Se fosse não fariam tanta resistência em adotar uma economia solidária e procedimentos mais sanitários para o cotidiano.
Não é pelas pessoas. Nunca é.
É pelo bolso que agora projetam frases e fotos contra o portador do berrante. O Messias, visto sob a ótica do desleixo para com o povo brasileiro, cumpre suas promessas de campanha. Promessas que o Nordeste e o Norte nunca apoiaram (salvo parcas o ovelhas desgarradas) desde o depósito do voto na urna. Regiões marginalizadas e vítimas da vingança do Planalto e do esnobismo do sudeste e do sul, agora veem-se sozinhas no mais alto grau de abandono político.
Os pobres continuam morrendo, e não só de tiros certeiros e fome pestilenta. Tudo aceitável, até aí, para essa nossa ignorância xenófoba. O que fazem as panelas gritarem mais alto agora é que os ricos não tem escapatória e os pobres empilhados na verticalidade de uma denominação estatística sentem às costas o pesado braço da realidade.
Agora é tarde.
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