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Mostrando postagens de novembro, 2016

Ocupações - a quem serve?

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Fonte: imagem da internet O mundo girou e a moda passou a ser fazer protesto. A sociedade parece enlouquecida e nada parece que poderá salvá-la do abismo da imbecilidade que corrói o bom senso e capacidade de pensar de maneira crítica e muito observadora. Depois dos protestos que não eram por R$ 0,20 e depois da mobilização pelo impedimento da presidente eleita Dilma Rousseff, a classe dominante e pensante do país, que é pequena, agora domina as mentalidades fracas para "lutar" pelos interesses de quem não quer dar a cara a tapa. São alunos do ensino médio que ocupam escolas e não sabem as razões que motivaram as ocupações e que, em sua maioria, apenas repetem argumentos formulados por outrem sem refletir sobre a realidade e qual será o real impacto das medidas do governo federal na educação, cultura e saúde. Nas universidades o cenário é dual: existe o movimento de ocupação e o movimento de contraocupação, que luta pelo direito de exercer a própria opinião e ter aula...

Crônica antiquada da vida do homem moderno*

A vida é mulher. E a maioria desagradou a essa mulher. E foi assim que a pobreza apareceu no mundo, como forma de vingança dessa entidade feminina. Se pudesse ser vista, a olho nu, nua estaria ela, sentada na areia da praia, observando as ondas e pensando em como faria para tornar divertida a pobreza de seus injuriadores, enquanto o vento serpenteava em seu cabelo e o sol bronzeando levemente sua pele. Talvez não seja bem verdade que a vida seja uma mulher, e que esteja nua à beira mar tomando sol, mas que é igualmente interessante pensar nela como um ser algoz que torna o homem uma criatura divertida em meio às suas dificuldades diárias. Entre uma vida feminina, vingativa, e uma vida masculina, cafajeste, é melhor pensar nela como na primeira opção pela razão notória que aquela sempre se compadece quando o homem chora. Este raramente se sensibiliza ao notar as lágrimas alheia. Pois enquanto está lá, na quente areia do litoral, o homem mal dorme, acorda cedo e corre em desesper...

Anístico*

A madrugada tem os pelos que voaram das brincadeiras alheias de cães e gatos, muitas das quais o perigo de uma morte fez-se presente nos mais elementares momentos inesquecíveis. O perigo não é o de uma morte sem presença de palco em uma vida completamente banal, tão igual a um infarto na hora gloriosa do recebimento de um prêmio, mas de uma vida na qual somente os olhos humanos a viram. Com olhos de lince, que mesmo nunca tendo visto um sabe da agilidade daquelas retinas, os felinos vêem, no espectro azul, a cor do que importa e corre, entre perigos e cães, a linha tênue que leva à cama nessa madrugada fria. O mesmo início de dia que acomete de infortúnios diversos seres pelo mundo ainda escuro é o mesmo que incide sobre a cômica tragédia que é não sorrir frente às ironias trazidas logo mais pelo sol. Se é mais divertido escarnecer dos percalços do dia, por que teria que chorar sob a lápide de desimportantes fatos? E, sorrindo das tragédias pessoais que quase ninguém acreditaria ...