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Mostrando postagens de agosto, 2016

Prece*

Ame a rosa! E seus espinhos Suas folhas Seu cheiro forte Ame sua cor Na pouca vida No resplendor do brilho Na sacada do corte Ame a flor Na alegria da chegada Na tristeza da morte No querer bem da lembrança Ame-a Quando não puder vê-la Quando seu cheiro sumir E sumindo ela se for Ame sua rosa! *Poema do livro   Anjo da Guarda , de Rafael Rodrigo Marajá.

Agressões*

Peça para calar No estopim da briga E faça cessar Todo o fim Acalme o ânimo forte Forte seja na decisão Que mata e assalta Que morde e esfacela Que cala o silêncio Pegue o orgulho Jogue-o fora Arrependa-se, jamais Jamais cale Se não for suficiente Pegue então seus bons momentos Converta na alegria do agora E, então, no infinito do já! *Poema do livro   Anjo da Guarda , de Rafael Rodrigo Marajá.

Teu sossego*

Quando tu chorares Quando o acordar for penoso Quando o perigo te cercar Quando o céu te fizer medo E as estrelas te mirarem Quando tu sorrires E quando tu pedires Quando tu só estiveres E quando ninguém te ouvir Quando o amor pedir licença E quando o ódio teu coração tomar Quando a saudade bater E o relógio parar Quando não suportares E quando o dengo chamar Quando o esquecer surgir E quando não mais o bem-amado existir Quando quiseres conversar E quando o silêncio te roubar Quando a fome te fizer crescer E quando o orgulho te assaltar Quando partires E quando chegares Estarei ao teu lado Te esperando, no acalmar da noite. *Poema do livro   Anjo da Guarda , de Rafael Rodrigo Marajá.

Felicidade*

Sou simples e sua Espero que você chegue Suada e cansada desse dia Que passou na correria dos Amigos que passaram Não preciso de atenção Na independência de ti Estou no mais cômodo lugar Não sou egoísta Precisas de outros também Precisas ser amada E mimada, na cobertura das carícias Que o seu bem te fará Não me chame na noite Seu descanso é minha glória Sou sua escrava no amor E na revolta Sou você na tarde quente E na noite fria No dia com pipoca E no dia do jejum Faço da sua tristeza meu guia E de suas lágrimas minha chegada Não sou o alarme do carro Nem a fortuna anunciada Sou apenas sua felicidade. *Poema do livro   Anjo da Guarda , de Rafael Rodrigo Marajá.

Nossos bens

Imagem
Pintura: The Artist and is model. Henri Matisse. Quando  desci do ônibus, na ladeira da Catedral de Palmeira dos Índios, o motorista - e cobrador - olha para mim e pergunta se a Roberta autorizou que eu e minha companheira de viagem usássemos "passes" de numeração igual. Bom, não sabia quem era Roberta e nem por que ele interpelava-nos com tanto desgosto e fúria se os "passes" foram comprados com o meu dinheiro e, em tese, deles posso dispor da maneira que melhor me aprouver - rasgando-os, comendo-os ou distribuindo-os entre quem e como eu bem entendo. Desci do veículo, arrastei minha companheira e lá fomos nós, terminar de subir a ladeira - essa ladeiras de Palmeira dos Índios não são para hipertensos! O motorista-cobrador fez-me refletir sobre como tomamos posse daquilo que não é nosso e fazemos do objeto nossa propriedade particular. Às vezes o objeto é uma pessoa - com uma vida pregressa interessante e perturbadora. Outras vezes tomamos posse do nada...

Futuro amor*

Amar-te-ei com os olhos alegres Amar-te-ei com o ardor do primeiro beijo Amar-te-ei com todo o meu sangue E com o coração pulsante Amar-te-ei quando me odiar Amar-te-ei quando me esquecer Amar-te-ei quando me amar Amar-te-ei no nascer do sol Amar-te-ei no calor da manhã Amar-te-ei no suspiro do cansaço Amar-te-ei quando o sol se for Amar-te-ei de graça! Amar-te-ei sem a cobrança do ciúme Amar-te-ei de verdade Amar-te-ei pelo prazer simples de te amar! *Poema do livro   Anjo da Guarda , de Rafael Rodrigo Marajá.